Densitovolumetria pulmonar nas doenças intersticiais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Martini, Simone de Leon
Orientador(a): Rubin, Adalberto Sperb
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/7978
Resumo: As doenças pulmonares intersticiais difusas caracterizam-se pela presença de um distúrbio ventilatório restritivo cuja intensidade está associada ao grau de extensão do comprometimento intersticial e consequentemente ao estágio da doença. As provas de função pulmonar em conjunto com o grau de comprometimento intersticial na TCAR são os principais métodos de avaliação utilizados para determinar o estágio da doença, bem como para acompanhar sua progressão e a resposta terapêutica. A densitovolumetria pulmonar realizada através da TC Helicoidal consiste em uma técnica objetiva e mais precisa que permite calcular a proporção de volume de pulmão com densidade aumentada pelo acometimento por fibrose sobre o volume de pulmão com densidade normal, ou seja, sem acometimento significativo dos interstícios. Na literatura, sugere-se –870 UH como o limiar de separação ideal para quantificação de fibrose pulmonar por tomografia computadorizada, acima do qual o pulmão seria considerado como apresentando aumento de densidade pela presença de fibrose ou de atenuação em vidro-fosco. O presente estudo comparou o limiar fixo em –870UH com a utilização de um limiar subjetivo ou variável selecionado com o auxílio de máscara de densidades em 30 pacientes com comprovação histológica FPI em relação as provas de função pulmonar. A correlação dos resultados da densitovolumetria pulmonar utilizando o limiar fixo (-870 HU) com as provas de função pulmonar foram de r= 0,265 com o VEF1, r=-0,450 com a CVF, r=-0,705 com a CPT e r= -0,305 com a DCO. Em comparação, as correlações entre os resultados da densitovolumetria pulmonar estabelecidos com base na seleção subjetiva de um limiar subjetivo foram: r= –0,347 com o VEF1, r= - 0,534 com a CVF, r= -0,734 com a CPT e r= –0,413 com a DCO. Tanto as medidas objetivas como subjetivas da extensão da fibrose realizadas pela densitovolumetria apresentaram boa correlação com as medidas funcionais que expressam restrição. As correlações foram fracas, quando correlacionadas com medidas funcionais que não expressam a extensão da fibrose pulmonar. A densitovolumetria pode proporcionar uma técnica mais precisa que a simples análise subjetiva das imagens de tomografia computadorizada de alta resolução em pacientes com FPI, sendo assim mais efetiva na avaliação evolutiva de cada paciente.