Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Turcato, Carolina Prestes |
Orientador(a): |
Pedrozo, Eugenio Avila |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/158665
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Resumo: |
Considerando questões comuns aos países em desenvolvimento, como a escassez de recursos, desigualdades sociais, problemas em infraestrutura e instituições vigentes, entre outros, percebe-se uma vasta área a ser explorada, sendo ainda um lócus de pesquisa com alto potencial de transformação social. Para compreender estas problemáticas e as possibilidades de transformação, novas abordagens são necessárias, novas formas organizacionais e novos mecanismos devem ser engendrados para endereçar tal contexto em busca de mudanças, através do desenvolvimento de novas práticas, diferentes dos modelos tradicionais já existentes e previamente criados e adotados em países desenvolvidos. Considerando o contexto de países em desenvolvimento, são grandes as diferenças e necessidade de foco em estudos e iniciativas para a situação específica dos mesmos. Não se pode considerar com as mesmas lentes, teorias e ferramentas utilizadas para compreender o contexto institucional de países desenvolvidos, os problemas no contexto institucional de países em desenvolvimento. Isto quer dizer que ambos os contextos apresentam problemas, porém, de natureza e características muito diversas. Desta forma, podemos compreender que é no cenário urbano de países em desenvolvimento que surgem novas formas de transformá-lo, sendo elas alternativas às tradicionais públicas e privadas (majoritariamente esforços de responsabilidade social corporativa). O objetivo da presente pesquisa refere-se à compreensão de novas práticas de transformação do espaço urbano de países em desenvolvimento como um processo complexo e não linear de institucionalização. Duas vertentes teóricas foram exploradas. A primeira delas é a teoria neoinstitucional, mais especificamente as abordagens que exploram o processo de institucionalização. E a segunda é a teoria da atividade, uma abordagem do espectro das teorias de prática que foi utilizada como ferramenta teórico-analítica para captar a maior complexidade de processos de institucionalização como os de transformação do espaço urbano através de micro-práticas urbanas. Buscando ir além dos frameworks mais tradicionais que consideram o processo de institucionalização como lineares e determinísticos, considera-se que ainda não existe um framework geral que ajude os acadêmicos a englobar, mapear e compreender os diferentes elementos e atores que influenciam um processo complexo de institucionalização, como explorado ao longo da presente pesquisa. Neste contexto, compreende-se que uma abordagem teórica baseada na prática poderia ser útil para construir um framework mais estruturado que possa englobar a coletividade do processo de institucionalização e considerar os diferentes elementos que influenciam tal processo. Define-se então o conceito de “micro-práticas urbanas”, para especificar o escopo empírico desenvolvido, que significa atividades desenvolvidas com poucos recursos e baixo custo realizadas por agentes da sociedade civil de forma colaborativa e que buscam transformar um determinado espaço ou mesmo percepção do espaço pelos habitantes da cidade em questão, endereçando os dois estudos de caso que constituem a presente pesquisa. Por fim, delineiam-se algumas contribuições dos avanços teóricos e empíricos da presente pesquisa. A teoria da atividade foi apresentada como uma ferramenta teórico-analítica para uma maior compreensão da complexidade inerente aos processos de institucionalização, que ainda não havia sido explorada na literatura. Outra contribuição diz respeito ao caráter inovador das organizações estudadas, por serem a priori, inéditas em sua forma de atuação. Os dois estudos de caso apresentam organizações da sociedade civil, bottom up e focadas em resolver problemas estruturais urbanos no Brasil através do desenvolvimento de micro-práticas. |