Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Flavia Karla Ribeiro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192989
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Resumo: |
Entendida como elemento de análise semiótica que atua na construção do sentido desde as instâncias profundas até as superficiais do discurso materializado em textos verbais, visuais e sincréticos, a figuratividade organiza figuras de expressão e de conteúdo que simulam experiências sensíveis a fim de produzir efeitos de verdade. Com vistas a contribuir para a constituição de uma história das ideias semióticas, examinamos, nesta pesquisa, um córpus composto de artigos científicos publicados em periódicos brasileiros e franceses especializados em semiótica discursiva, a fim de fazer transparecer o processo de elaboração do conceito de figuratividade na disciplina. Assumindo que as discussões teóricas são iniciadas em grupos de pesquisa – espaços institucionalizados formados por especialistas em determinado campo de pesquisa – e que as contribuições decorrentes desses debates são comunicadas aos semioticistas em periódicos fundados e administrados por tais grupos, também investigamos as práticas de institucionalização da semiótica discursiva, entre elas: práticas de construção da identidade dos grupos de especialidade e de transmissão do saber acerca da teoria, à qual são englobadas práticas de formação de semioticistas – a exemplo da implantação de cursos de pós-graduação e da inserção de disciplinas relacionadas com a teoria em cursos de graduação – e práticas editoriais de comunicação científica, que envolvem a difusão dos avanços da teoria e os debates teóricos empreendidos conforme as ideias sobre a figuratividade de maior relevância para a comunidade semiótica são utilizadas como discursos referenciais em estudos empreendidos pelos grupos de especialidade de onde se originam essas ideias ou por outros grupos. Para tanto, empregamos elementos metodológicos da Historiografia Linguística, desenvolvida, sobretudo, por Pierre Swiggers, Konrad Koerner e Cristina Altman, além de estudos empreendidos por Stephen O. Murray acerca da formação de grupos de especialidades, associados às pesquisas de Jacques Fontanille relacionadas com as práticas semióticas para compreendermos as práticas de institucionalização da Semiótica empreendidas nos e pelos grupos de especialidade. Assim, além de definirmos o estatuto do conceito para a teoria, periodizamos as mudanças de perspectiva por parte dos semioticistas à medida que descrevemos sua evolução e interpretamos os dados coletados, tendo em vista o seu surgimento, a sua fundamentação e o seu desenvolvimento. Resultam dessa revisão histórica das transformações sofridas pela figuratividade: a identificação do papel dos semioticistas na construção de uma teoria do figurativo que se enraíza no projeto greimasiano, a exemplo do ineditismo da contribuição de Ignacio Assis Silva para a semiótica brasileira; o desenvolvimento de uma tipologia das ideias sobre a figuratividade que circulam ou circularam nos e entre os grupos de especialidade investigados nesta pesquisa. |