Considerações sobre ser-finito : a ontologia da finitude tematizada entre o texto filosófico e a arte cinematográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Luan Alves dos Santos
Orientador(a): Thomé, Scheila Cristiane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281910
Resumo: Na presente tese, nos propomos a desenvolver questões fundamentais da ontologia da finitude, a partir do diálogo entre o pensamento heideggeriano e o cinema, nomeadamente, entre a ontologia fundamental (Fundamentalontologie) e as obras cinematográficas “Asas do Desejo” (Der Himmel über Berlin, 1987), de Wim Wenders, “Morangos Silvestres” (Smultronstället, 1957), de Ingmar Bergman, e “O Cavalo de Turim” (A torinói ló, 2011), de Béla Tarr. Para tal, antes de imergirmos nas leituras ontológicas dos supracitados filmes, fundamentá-los-emos no sentido de acontecimentos da aletheia, a saber, como verdade originária na significação de desvelamento e concomitante velamento de sentidos e, assim, como formas de poesia (Dichtung), que possibilitam a instituição (Stiftung) da verdade, no triplo sentido de doar (Schenken), fundar (Gründen) e iniciar (Anfangen) a história (Geschichte). Nessa acepção, os filmes trazem ou podem trazer para o âmbito do ser, de modo inaugural, algo que antes não existia fazendo ver, no ato da sua visualização, o que ali se manifesta como se fosse pela primeira vez a partir da sua estrutura polissêmica e superabundante. Em consonância, conceberemos a arte fílmica como capaz de nos conduzir a filosofar pelos seus próprios termos, trazendo contribuições originais para o pensamento, sobretudo, pela sua capacidade de nos envolver afetivamente, possibilitando não só com que pensemos, mas também com que sintamos as questões ali trabalhadas, tomando-as em primeira pessoa. É nesses termos que filosofaremos aqui entre o texto filosófico e o cinema filosofante, tendo como ponto de partida a nossa constitutiva abertura (Erschlossenheit) finita para o ser e como metodologia, isso é, como caminho a viabilizar o percurso, a via hermenêutico-fenomenológica.