Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Giordani, Jaqueline Portella |
Orientador(a): |
Trentini, Clarissa Marceli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206060
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Resumo: |
Esta tese investigou a associação de adversidades na infância e na adolescência com aspectos de saúde mental e de qualidade de vida de adultos brasileiros. As adversidades na infância caracterizam-se por serem eventos ou alterações no ambiente que são potenciais risco ao desenvolvimento. Neste trabalho foram realizados cinco estudos: um estudo teórico e outros quatro estudos de delineamento transversal quantitativo. Inicialmente, o estudo teórico analisou as implicações das adversidades na infância e do sistema de garantia de direitos da infância e adolescência no brasil. Já no primeiro estudo empírico, participaram 598 sujeitos, entre 18 e 59 anos de idade, e foram investigadas as formas de manifestação de adversidades, suas correlações e polivitimização. Nos demais estudos empíricos, a amostra foi de 510 adultos com idades entre 18 e 59 anos. Um desses estudos investigou especificamente as manifestações de violência entre pares, sua correlação com as demais adversidades e seus efeitos em longo prazo, sobre uso de álcool e ideação suicida. Os outros dois estudos analisaram as vivências adversas precoces e seus efeitos em longo prazo sobre a saúde mental e sobre a qualidade de vida. Em todos os estudos empíricos os participantes responderam uma ficha de dados sociodemográficos, a Maltreatment and Abuse Exposure Scale (MAES), a Depression, Anxiety and Stress Scale‐21 (DASS-21), a Social Readjustment Rating Scale e a escala WHOQoL-bref. Os resultados dos trabalhos indicam que a ocorrência das adversidades na infância é bastante abrangente e as ocorrências são correlacionadas, indicando poli e revitimização. As adversidades na infância podem estar associadas em longo prazo a desfechos desfavoráveis tanto em relação à saúde mental quanto à qualidade de vida dos sujeitos vítimas. O abuso emocional parental e a violência emocional perpetrada por pares apareceram em todos os estudos como as adversidades mais relatadas e as que melhor explicam prejuízos em longo prazo. A rede de apoio social, em qualquer fase da vida, parece ser o fator mais importante para proteção da saúde, saúde mental e qualidade de vida, mesmo em contextos adversos. Além disso, a psicoterapia pode também estar associada a melhores indicadores dessas variáveis. Discute-se a importância de considerar esses fatores para prevenção da ocorrência de adversidades na vida de crianças e adolescentes e também para investimento adequado em intervenções, mesmo no caso de adultos com histórico de adversidades na infância. Além disso, salienta-se a importância que deve ser dada à violência psicológica e aos danos permanentes que podem ser causados ao desenvolvimento de vítimas dessa tipologia de abuso. |