Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Ritter, Matias do Nascimento |
Orientador(a): |
Coimbra, João Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/94687
|
Resumo: |
Acumulações de restos de moluscos são muito comuns tanto em ambientes marinhos plataformais quanto em depósitos lagunares e estuarinos da América do Sul, principalmente entre o Brasil e a Argentina. A formação destas concentrações conchíferas pode prover grande oportunidade para estudos tafonômicos, os quais ainda são raros nesta região. Existem ainda questões a serem respondidas, por exemplo, quanta informação biológica está preservada nestas concentrações? Ou, qual é a probabilidade de uma associação viva deixar um registro fóssil análogo? Os principais objetivos deste estudo foram: (i) investigar a influência dos processos ambientais na destruição de remanescentes biológicos, através da descrição das assinaturas tafonômicas presentes em conchas de moluscos de dois afloramentos da Laguna Tramandaí, nordeste do Rio Grande do Sul; e (ii) testar o potencial de preservação de associações de moluscos vivos, mortos e fósseis de lagunas e estuários da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, com o intuito de compreender a qualidade da informação biológica preservada nestas associações fósseis de fácies lagunares holocênicas. O principal processo tafonômico é a dissolução. As conchas estão inseridas na zona tafonomicamente ativa e experimentam intensa dissolução, o que reduz a probabilidade de deixarem um registro fóssil. Todavia, a preservação de espécies da associação viva nos depósitos fósseis foi de 100% em nível regional, e as espécies presentes na associação morta não apresentaram boa preservação no registro fóssil recente (Holoceno), ao contrário do que é usualmente predito na bibliografia. Isso indica que a associação morta é enriquecida por espécies não indígenas, e parte deste aumento relativo da riqueza é transferida para a associação fóssil. O padrão observado na fidelidade de moluscos estuarinos é ocasionado pela (i) alta variabilidade temporal e espacial nas associações vivas, (ii) mistura espacial nas associação mortas e (iii) preservação diferencial, devido à destruição durante uma longa permanência na zona tafonomicamente ativa. Portanto, a dissolução é o principal processo tafonômico que altera a informação biológica em ambientes transicionais, embora a preservação seletiva possa introduzir vieses das associações vivas às fósseis. |