| Resumo: |
Esta dissertação tem como tema as produções teatrais realizadas no âmbito do ciberespaço, aqui denominadas de teatro digital, forma artística que ganhou expansão no recente período da pandemia de COVID-19. Após uma breve referência às criações teatrais pioneiras no emprego da internet, realizadas na Nova Zelândia, Espanha e Brasil, o estudo aborda as particularidades da criação teatral no ciberespaço, as explorações estéticas em plataformas de transmissão, e a relação do artista com as operações técnicas que se fazem necessárias. A reflexão traz na base a análise de três criações: Peça (Descartes; Leite, 2020), Excelências: Experimento Zoom (Fronchetti, 2020) e Euforia (Peralta; Spadaccini, 2020), e o relato de alguns artistas produtores dessas obras, bem como experiências do próprio autor desta dissertação. O referencial bibliográfico adotado tem como destaque textos dos teóricos Philip Auslander, Josette Féral, Marta Isaacsson, Mariana Muniz, André Carreira, Hans-Thies Lehmann, Gabriela Lírio, Arlindo Machado e Patrice Pavis. Entre as especificidades estéticas do teatro digital e as particularidades dos processos de criação analisados, o estudo coloca em destaque as influências do isolamento social na prática artística, as diferenças entre criações síncronas e pré-gravadas, o acúmulo de funções por parte dos atores, os riscos da produção cênica no ciberespaço e a dependência do bom-funcionamento da técnica digital. |
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