Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Felipe Nóbrega |
Orientador(a): |
Martini, Maria Luiza Filippozzi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/56465
|
Resumo: |
No presente trabalho apresentamos uma estação balnear chamada Villa Sequeira, localizada na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul. Projetada a partir do ano de 1884 pela empresa Companhia Carris Urbanos do Rio Grande, ela inaugurou sua primeira temporada de banhos em 1889-1890. Nos debruçamos sobre o tema dos banhos de mar entendendo que a região litorânea sofreu um processo de obliteração de suas práticas, notadamente as balneares, na composição das representações que circundam o Estado do Rio Grande do Sul. Sendo assim, nossa pesquisa elabora um duplo movimento: primeiro compreender esse processo que gerou (in)visibilidade ao litoral de banhos no Estado; segundo, recuperar a experiência sensível do verão em uma estação de banhos na extremidade meridional do território brasileiro. Nosso interesse se concentra nas formas de apropriação da praia ao cotidiano, bem como a relação que os sujeitos dos oitocentos estabelecem com a estação quente e a vivência balnear na cidade de Rio Grande. Desses dois pontos acessamos a invenção de uma praia, a elaboração de uma relação do sul-rio-grandense com o mar, inserido na projeção de uma modernidade em que contemplava maiôs e calções de banho. Nesse intento, o uso do arcabouço teórico oriundo do campo da História Cultural é essencial, pois nos valemos de conceitos chaves como: representação e sensibilidades. Deles, outros se desdobram, como imaginário, modernidade, região e paisagem, todos contribuindo para a construção de um amplo painel que visa encontrar outro horizonte, agora azul. As fontes que nos auxiliam obedecem aos documentos oriundos da empresa fundadora, concessão de exploração de linhas de tráfego, o Prospecto Balnear que delineia a forma do empreendimento de banhos e um Guia dos Banhistas entregue aos visitantes. E outra fonte primária fundamental trata-se dos periódicos que circulavam no período e apresentavam informes e crônicas diárias sobre a Villa Sequeira e seus frequentadores. Seguimos, no curso dessa documentação, em um tempo que já não é o nosso, encontramos o litoral, os banhos de mar e a invenção da praia no Rio Grande do Sul. |