Eficácia do laser CO2 vaginal no tratamento da síndrome geniturinária da menopausa comparado ao uso de promestrieno tópico : estudo clínico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Kátia Sylvana Beckhauser Ferreira da
Orientador(a): Wender, Maria Celeste Osório
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
GSM
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220359
Resumo: Introdução: Um bilhão de mulheres estará em menopausa até 2025, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e até 50% poderá sofrer com sintomas relacionados à Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM). Queixas como atrofia vulvovaginal, incontinência urinária, falta de lubrificação e dispareunia interferem na qualidade de vida e na função sexual destas mulheres. Os tratamentos atuais propostos incluem terapia hormonal sistêmica ou vaginal, hidratantes e lubrificantes. Há alguns anos, o laser CO2 vem sendo utilizado, mas os estudos controlados sobre sua eficácia e segurança ainda não são suficientes. Objetivo: Avaliar o efeito do laser CO2 na mucosa vaginal de mulheres em menopausa, comparado ao uso do promestrieno vaginal. Método: É um ensaio clínico, controlado e aberto, que incluiu 24 pacientes (grupo L), que receberam 3 sessões de laser vaginal CO2 (FemiLift, Alma Lasers, Israel) com intervalos de 30 dias e grupo controle de 24 pacientes (grupo P), que usou promestrieno creme vaginal por 14 dias e após 2 vezes por semana por 3 meses. Ambos os grupos foram avaliados antes (dia 1) e no final do tratamento (dia 90), subjetivamente, por escala visual analógica (VAS) para ressecamento vaginal, ardência e dispareunia, questionários de função sexual feminina (FSFI-6) e de incontinência urinária (UCIQ-UI SF) e, objetivamente, através do Vaginal Health Index Score(VHI) e histopatológico de biópsia de parede lateral da vagina. Resultados: Das 48 pacientes, 22 do grupo L e 21 do grupo P concluíram o estudo. Ambos os grupos mostraram melhora dos sintomas de SGM pela VAS em todos os domínios (P<0,001). O FSFI-6 mostrou aumento significativo na função sexual em todos os escores do grupo L (P<0,001). Porém, o grupo P apresentou significância apenas nos domínios de desejo, lubrificação e escore total. ICIQ-SF mostrou redução dos sintomas urinários em ambos os grupos, apenas 1 paciente de cada grupo não melhorou o escore de incontinência urinária (P<0,01). O VHI mostrou aumento estatisticamente significativo em todos os escores de ambos os grupos (P<0,001). O histopatológico de biópsia de vagina revelou aumento da espessura do epitélio, aumento de fibras colágenas no estroma, aumento da quantidade de glicogênio nas células, melhora da vascularização da mucosa e diminuição do número de neutrófilos, sugerindo diminuição da atrofia inflamatória em todos os parâmetros avaliados de ambos os grupos (P<0,01). Não houve superioridade no resultado dos tratamentos entre os grupos. Conclusão: O laser vaginal CO2 se mostrou eficaz no tratamento da Síndrome Geniturinária da Menopausa, sendo sua eficácia comparável ao tratamento com hormonioterapia tópica à base de promestrieno.