Propriedades neurais das catequinas EGG e EGCG : efeito quelante de metais e genoproteção in vitro e neuroproteção in vivo no modelo de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Abib, Renata Torres
Orientador(a): Gottfried, Carmem Juracy Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273879
Resumo: O consumo do chá verde tem apresentado inúmeros benefícios à saúde humana, e estes efeitos têm sido atribuídos às catequinas (estruturas polifenólicas) que o constitui, especialmente à epicatequina galato (ECG) e à epigalocatequina galato (EGCG). A permeabilidade à barreira hemato-encefálica, o fácil acesso através da dieta e a baixa toxicidade das catequinas, apontam-nas como promissoras para prevenção e tratamento de doenças crônicas neurodegenerativas. Em função disso, esta tese visa à análise de catequinas em parâmetros in vitro (genoproteção e atividade mitocondrial) e in vivo no modelo de Parkinson. A fim de investigar a propriedade genoprotetora utilizamos ECG nas concentrações de 0,1, 1 e 10 μM em células astrogliais da linhagem C6 e concluímos que a ECG apresenta efeito tempo-dose-dependente, sendo genoprotetora em concentrações baixas e tempos curtos, e, embora não tenha ocorrido morte celular significativa, observou-se um efeito genotóxico quando em altas concentrações e tempos prolongados. Além disso, a ECG 0,1 e 1 μM foi capaz de proteger do dano ao DNA induzido por H₂O₂ – espécie reativa gerada principalmente pela mitocôndria. Sabendo do efeito neuroprotetor das catequinas, investigamos o efeito da EGCG in vitro e in vivo. Em frações ricas em mitocôndrias de encéfalos de ratos, a EGCG foi testada nas concentrações de 10, 50 e 100 μM durante 2 h na presença ou não de Cd²⁺ 200 μM – metal altamente tóxico - e concluímos que a EGCG não somente apresenta um efeito antioxidante importante, visto através da prevenção total da lipoperoxidação e da perda de viabilidade mitocondrial induzida por Cd²⁺, como apresenta efeito quelante equimolar sobre este metal. Entretanto, a EGCG não preveniu a oxidação da glutationa – importante defesa antioxidante do organismo - induzida por Cd²⁺, isto sugere que a EGCG esteja agindo através da remoção das espécies reativas geradas pelo metal e/ou pela sua complexação ao cádmio, e não via aumento da glutationa. Em modelo animal de Parkinson induzido por 6-OHDA, sugere-se que, a partir de dados preliminares, a EGCG tem efeito benéfico sobre a morte dos neurônios dopaminérgicos da substância negra, mas não sobre o comportamento motor. Estes achados sugerem que as catequinas em baixas concentrações - como as encontradas fisiologicamente (até 2 μM) - e em período relativamente curto - como as quais permanecem no organismo (até 8 h) após o consumo do chá, sejam benéficas em longo prazo.