Avaliação da influência de complicações perinatais na etiologia do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade com predomínio de desatenção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Souza, Carla Ruffoni Ketzer de
Orientador(a): Rohde, Luis Augusto Paim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/14046
Resumo: Introdução O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) afeta entre 3 e 10% das crianças em idade escolar, ocasionando prejuízos no funcionamento individual, acadêmico e social na infância e adolescência. Apesar disso, sua etiologia ainda não é totalmente conhecida. A alta herdabilidade do TDAH leva a crer que fatores genéticos exerçam papel fundamental na predisposição para o transtorno. Entretanto, a ocorrência da patologia vai depender ainda da interação de genes com fatores de risco ambientais. Restam muitas questões a serem esclarecidas, uma delas é se há relação entre os fatores de risco ambientais e a expressão fenotípica, resultando nos diferentes subtipos do TDAH. Objetivo O objetivo do presente estudo é investigar a associação entre complicações perinatais (complicações ocorridas nos períodos pré, peri e pós-natal imediato - CPPs) e TDAH do subtipo desatento (TDAH-D). Método Participaram desse estudo, crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, provenientes de doze escolas estaduais e de um ambulatório especializado em TDAH de Porto Alegre. Após a realização de extensa avaliação diagnóstica, foram incluídas 124 crianças e adolescentes com o diagnóstico de TDAH-D e 124 controles sem o transtorno, pareados por idade e sexo. Informações sobre complicações ocorridas durante os períodos pré, peri e pós-natal imediato, assim como sobre potencias confundidores, foram coletadas diretamente com as mães biológicas dos sujeitos. Resultados A análise de regressão logística condicional mostrou que, para as crianças e adolescentes cujas mães apresentaram maior número de complicações perinatais, o risco de TDAH-D foi significativamente mais elevado (p = 0.005; OR= 1.25; IC95%: 1.1 – 1.5). Conclusões Em um estudo de caso-controle, foi possível expandir para o TDAH predominantemente desatento os achados prévios que sugeriam a associação entre fatores perinatais e TDAH sem um subtipo específico.