Associação da presença de trombofilias com resultados maternos e fetais em pacientes com formas graves de pré-eclâmpsia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Baptista, Fernanda Spadotto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-04012018-082306/
Resumo: OBJETIVO: Avaliar se as trombofilias pioram os desfechos maternos e fetais entre pacientes com formas graves de pré-eclâmpsia (PE). MÉTODO: De outubro/2009 a outubro/2014, foi realizada uma coorte retrospectiva de gestantes com PE grave diagnosticada antes de 34 semanas e seus recém-nascidos (RNs), internados no Hospital das Clínicas da FMUSP. Foram incluídas pacientes que tinham ausência de cardiopatias, nefropatias, diabetes pré-gestacional, moléstia trofoblástica gestacional, malformação fetal, gemelidade e que realizaram pesquisa de trombofilias no período pós-natal. Foram excluídas gestações subsequentes de uma mesma paciente no período de estudo, confirmação de alteração morfológica, genética ou cromossômica fetal, após o nascimento, e ainda as que realizaram uso de heparina ou ácido acetil salicílico durante a gestação. Foram pesquisados: fator V de Leiden, a mutação G20210A da protrombina, antitrombina, proteína C, proteína S, homocisteína, anticoagulante lúpico e anticorpos anticardiolipina IgG e IgM. Compararam-se os grupos com e sem trombofilia em relação a parâmetros clínicos e laboratoriais maternos e desfechos perinatais. Esta pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa da FMUSP. RESULTADOS: Entre as 127 pacientes selecionadas, 30 (23,6%) apresentaram diagnóstico de pelo menos uma trombofilia, hereditária ou adquirida. Entre as pacientes com trombofilia, tivemos mais pacientes da raça branca (p= 0,036). A análise de parâmetros maternos mostrou uma tendência das trombofílicas terem mais plaquetopenia (p=0,056) e evidenciou piora de parâmetros laboratoriais quando analisados em conjunto (aspartato aminotransferase >= 70 mg/dL, alanina aminotransferase>=70 mg/dL, plaquetas < 100.000/mm3, creatinina sérica >= 1,1 mg/dL); p=0,017. Não houve diferença quanto aos achados perinatais fetais. CONCLUSÃO: A presença de trombofilia associa-se à piora em parâmetros laboratoriais maternos, em pacientes com formas graves de PE, sem, contudo, piorar os desfechos perinatais, ao menos na amostra estudada