Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Müller, Diana |
Orientador(a): |
Bau, Claiton Henrique Dotto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/250254
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Resumo: |
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é uma condição altamente prevalente e que frequentemente coocorre com outros transtornos psiquiátricos. Embora a herdabilidade total do TDAH seja estimada em torno de 80%, a proporção da variabilidade fenotípica explicada por variantes genéticas comuns é de ≈ 20%. Isso indica que muito da contribuição genética ao TDAH se deve a outros tipos de efeitos potencialmente herdáveis, entre eles os mecanismos epigenéticos, os quais atuam na intersecção entre o contexto genômico e ambiental dos indivíduos, alterando o perfil de expressão gênica e então influenciando no status de saúde-doença. Nesse sentido, a presente Tese busca compreender a influência da metilação do DNA, a marca epigenética mais amplamente estudada no TDAH de adultos e em suas comorbidades. Em colaboração com a Feevale, a Tese viabilizou a otimização de protocolos de avaliação de níveis globais de metilação do DNA (GMe) através da técnica de HPLC. Com base em evidências de que a GMe pode refletir influências fisiológicas pervasivas, propomos a regulação neuroendócrina da GMe como um mecanismo pelo qual o estresse ambiental poderia influenciar de forma duradoura e sistêmica os fenótipos psiquiátricos. Apresentamos também o primeiro trabalho a explorar níveis de GMe no TDAH contando com uma amostra de 394 casos adultos (idade média = 34 anos) e 390 controles (idade média = 29 anos). Ainda avaliamos como escores de risco poligênico poderiam influenciar em tal medida. Dessa maneira, pela avaliação de GMe, observou-se que pacientes com TDAH apresentam um estado global de hipometilação, especialmente em mulheres. Já quando em comorbidade com transtorno bipolar (representando um estado de maior gravidade) se relacionou com um estado de GMe aumentado. Com relação aos PRS baseados em GWAS de TDAH, o grupo de alto PRS para TDAH mostrou-se associado a níveis mais baixos de GMe quando a análise foi controlada para BD. O PRS de BD também foi no sentido dos achados clínicos, com os pacientes com TDAH com maiores PRS de BD sendo associados com maiores níveis de GMe. Considerando a alta complexidade do fenótipo TDAH, a presente Tese é parte do início dos esforços científicos no sentido de uma avaliação das bases epigenéticas do transtorno. |