Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Costa, Wellington Narde Navarro da |
Orientador(a): |
Radomsky, Guilherme Francisco Waterloo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/267379
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Resumo: |
O presente trabalho consiste na investigação sobre a teoria social produzida pelo sociólogo Alberto Guerreiro Ramos no contexto do pré-64 (1958-1964). Figura emblemática e atuante nos círculos nacionalistas do Rio de Janeiro, conciliou magistério e pesquisa sociológica com a carreira no funcionalismo público de nível técnico, mantendo paralelamente vigorosas intervenções no debate público sobre ciência e projeto nacional. Vetor de muitas polêmicas, decidiu aprofundar seu conhecimento político sobre o país em 1959 ao integrar o Diretório Nacional do PTB, momento no qual experimentou de modo mais intenso a conjuntura brasileira, procurando adequar sua teoria sociológica às necessidades e demandas do povo e daqueles que, assim como ele, aspiravam colocar-se enquanto sua vanguarda. Tal radicalização política teve como fio condutor a redução sociológica, pressuposto teórico-metodológico de importância capital na obra guerreiriana. Assim, interpelamos o modo no qual Guerreiro Ramos experimentou a redução sociológica junto à efervescência cultural e política que antecedeu o golpe civil-militar de 1964, com vistas a evidenciar as implicações dessa práxis tanto no plano da sociologia brasileira quanto na edificação de um projeto de país. Mais do que uma aposta frustrada na construção de um capitalismo autônomo e de uma sociologia nacional, há virtualidades e potenciais não explorados na produção teórica do autor precedente aos anos de chumbo, de modo que a relação entre sociologia e revolução permanece fecunda frente aos desafios que a história tem colocado àqueles inclinados a pensar e transformar o Brasil e o mundo contemporâneo. Ao examinarmos as principais obras do sociólogo baiano no período delimitado, além de um conjunto de textos publicados na mídia impressa, percebemos a emergência de uma sociologia da organização dos povos na forma pela qual Guerreiro atribuiu valor pragmático à sua teoria sociológica. O itinerário que fomos pavimentando ao inquirir a materialidade da documentação e cotejar dois tipos de fonte (livros e textos de jornal) constituiu nossa metodologia de pesquisa à luz da etnografia de arquivos. |