A formação de uma comunidade imaginada : análise da identidade e necropolítica em O continente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pauletto, Juliana Kiszewski
Orientador(a): Bordini, Maria da Glória
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264250
Resumo: O presente estudo tem como objetivo principal analisar a obra O continente, primeiro volume da trilogia O tempo e o vento, de Erico Verissimo a partir de fundamentos teóricos decoloniais sobre a construção da identidade de uma comunidade imaginada e a necropolítica que permeia as relações entre os diferentes grupos étnicos e sociais constitutivos de um povo. A partir de teóricos como Benedict Anderson, Stuart Hall, Achille Mbembe e Michel Foucault, o trabalho busca examinar os elementos culturais integrantes da identidade gaúcha. Para isto, realiza-se a análise da obra centrando-se em quatro grupos: os povos indígenas, os escravizados, os grupos migrantes e as mulheres. Os principais resultados obtidos indicam a subalternização e a violência sofrida pelos indígenas e os escravizados, que demonstra o apagamento de elementos culturais desses grupos dentro da sociedade gaúcha. Por outro lado, os imigrantes europeus possuem grande espaço discursivo e a representação desses grupos acentua costumes incorporados à tradição local. Os resultados apontam que as mulheres constituem um contraponto ao conceito de masculinidade e representam a força matriarcal da sociedade gaúcha. Assim, pode-se concluir que a presente dissertação contribui para o acervo crítico a respeito da obra do autor e para os estudos sobre a construção e representação de identidades coletivas, especialmente em relação a comunidades locais influenciadas pela necropolítica e o sistema imperialista.