Adição à internet e a relação com a atenção e fatores associados em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marin, Maísa Gelain
Orientador(a): Almeida, Rosa Maria Martins de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/229903
Resumo: O avanço tecnológico ocorrido nos últimos tempos trouxe facilidades no âmbito da comunicação, acesso e compartilhamento de informações à rotina das pessoas. Contudo, o uso exagerado das tecnologias tem desencadeado uma série de prejuízos que são relacionados à falta de atenção, aumento de peso e aumento de sintomas relacionados ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), impulsividade, depressão, ansiedade e estresse, além da redução do sono, do rendimento escolar, fatores que podem afetar aspectos psicológicos, sociais e funcionais da vida de muitas pessoas e, principalmente, em adolescentes. A Internet é uma dessas tecnologias, e tem sido amplamente pesquisada em todos os lugares do mundo. A adição à Internet é uma temática abrangente e a adolescência é uma das fases do desenvolvimento humano mais suscetível, portanto, essa dissertação abrange dois estudos principais que foram desenvolvidos com o intuito de investigar a relação da adição à Internet com a atenção em outros fatores associados. No primeiro estudo, foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando três bases de dados. Utilizou-se o modelo PRISMA e a partir dos critérios de inclusão e exclusão foram analisados 44 estudos. Os resultados mostraram que o instrumento mais utilizado para identificar adição à Internet é o Internet Addiction Test (IAT), e que a atenção é investigada em grupos com e sem TDAH. Identificou-se, também, que variáveis como: depressão, padrões de sono, agressividade e outras substâncias aditivas são amplamente exploradas. No segundo estudo, buscou-se, por meio da aplicação de questionários sociodemográficos, uma bateria de testes de atenção (BPA), da escala IAT, da escala Barratt de impulsividade, da Escala de Depressão Ansiedade e Estresse para adolescentes (EDAE-A) e da escala Swanson, Nolan e Pelham (SNAP-IV), identificar a relação da adição à Internet com a atenção, ansiedade, estresse, hiperatividade, impulsividade e depressão em 48 adolescentes de 15 a 18 anos, estudantes de escolas públicas e privadas das cidades de Caxias do Sul e Flores da Cunha. Os resultados indicaram que a depressão foi preditora de adição à Internet. Além disso, participantes classificados como mais adictos apresentaram médias menores em atenção geral, enquanto apresentaram médias maiores em sintomas comportamentais de desatenção e hiperatividade, estresse, ansiedade e depressão, com tamanhos de efeito variando entre níveis moderados e altos. O desenvolvimento do estudo promove reflexões acerca dos prejuízos causados pelo uso exagerado e frisa necessidade de mais estudos e projetos de prevenção na área.