Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Artigas, Nathalie Ribeiro |
Orientador(a): |
Rieder, Carlos Roberto de Mello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/207714
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Resumo: |
Base teórica: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença crônica degenerativa caracterizada por sintomas motores clássicos, podendo influenciar o desenvolvimento de algumas alterações posturais (APs). Pode ocorrer também o acometimento psicológico e cognitivo, assim como o desenvolvimento de alguns sintomas não motores que, associados com os demais déficits funcionais, acabam influenciando negativamente na qualidade de vida (QV) destes indivíduos. Objetivo Geral: Avaliar o alinhamento postural dos indivíduos com DP. Objetivos Específicos: Associar os déficits de marcha, equilíbrio e mobilidade de tronco com APs na DP; Verificar a relação do nível cognitivo, sintomas depressivos, funcionalidade e QV com as APs; Relacionar os aspectos motores, posturais, psicossociais e funcionalidade aos dados clínicos da DP e analisar a progressão destes ao longo de um ano. Metodologia: Este trabalho é composto por dois artigos transversais de caráter observacional que apresentam resultados da primeira etapa de avaliações de um estudo de coorte prospectiva de um ano. A amostra foi composta por indivíduos com diagnóstico de DP, classificados entre os estágios 1 e 4 de acordo com a escala de estadiamento de Hoehn & Yahr e que fossem capazes de permanecer em ortostase por, no mínimo, 10 segundos. Os participantes convidados para participar do estudo estavam em acompanhamento pelo Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e responderam a uma anamnese e escalas para avaliação dos sintomas da DP e funcionalidade (MDS-UPDRS), mobilidade de tronco (TMS), equilíbrio (MiniBESTest), cognição (MoCA), depressão (BDI-II) e qualidade de vida (PDQ-8). Ao final foi realizada a avaliação postural por fotogrametria computadorizada. Após um ano da primeira avaliação realizou-se a reavaliação de todos os aspectos motores, cognitivos e psicossociais dos participantes. Resultados: No primeiro artigo desta tese, descobrimos que em 69 participantes com DP, os ângulos de inclinação anterior do tronco estão significativamente correlacionados com os ângulos de flexão dos cotovelos, quadris e joelhos (p˂0.01). Ângulos maiores de flexão da cabeça estão correlacionados com a piora da funcionalidade (p=0.013) e marcha (p=0.043); maior flexão do tronco, quadril e joelho está correlacionada com melhor equilíbrio (p<0.05); e maior flexão do joelho está correlacionada com melhor marcha (p=0.013). No segundo artigo, um total de 65 indivíduos participaram e foram divididos em um grupo de pacientes com sintomas depressivos e outro sem sintomas depressivos. Os participantes com sintomas depressivos apresentaram déficits motores mais graves, além de maior rigidez do tronco e pior instabilidade postural (p≤0,005). Utilizando análise de regressão linear múltipla, verificamos que a inclinação anterior do tronco é significativamente maior na população de DP com sintomas depressivos (p=0.039) quando corrigida para idade e sexo dos participantes. Conclusão: As AP nas articulações axiais e apendiculares ocorrem de maneira organizada e inter-relacionada como uma compensação corporal para melhorar a funcionalidade, reduzir a instabilidade postural e melhorar a marcha. Além disso, concluímos que os indivíduos com DP com sintomas depressivos são aqueles com maiores déficits motores axiais e o agravamento da inclinação anterior do tronco relaciona-se a sintomas depressivos mais graves. |