Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Nádia da Luz |
Orientador(a): |
Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193041
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Resumo: |
Esta pesquisa traz uma breve história de como iniciaram as escritas indígenas no Brasil, examinadas a partir das relações com outras linguagens e meios e em diálogo com processos políticos e práticas sociais e culturais de resistência. Tendo em vista os efeitos da Lei nº 11.645, que tornou obrigatório o estudo da história e da cultura indígena nas redes de ensino do país, as criações indígenas contemporâneas selecionadas constituem uma mostra ilustrativa de sua natureza multimodal e de seus contornos geopolíticos. Assim, na composição da obra-monumento A queda do céu: palavras de um xamã yanomami (2015), ressalta-se o investimento tradutório intercultural do etnógrafo Bruce Albert em transformar em letra décadas de relatos, entrevistas e experiências xamânicas partilhadas por Davi Kopenawa. Semelhante investimento experimental percorre as criações do Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU) e do escritor, artista e produtor cultural Macuxi Jaider Esbell, que englobam a língua, a escrita, as artes visuais, a tecnologia e a política. Como base teórica, destacam-se teorias interculturais, pós-coloniais e decoloniais de pensadores e intelectuais latino-americanos e africanos, como Ramon Grosfoguel, Catherine Walsh, José Ángel Quintero Weir e Francisco Noa. O protagonismo indígena igualmente traz aportes teórico-críticos dos intelectuais Ailton Krenak, Edson Kayapó, Daniel Munduruku e Graça Graúna. O trabalho sugere, por fim, reconhecer a violência do pensamento crítico que, ao criar um falso “universal”, silencia sobre a diferença de escritas e criações indígenas dados seu caráter de denúncia, seu lugar utópico, sua interface oral, sua forma caleidoscópica e multimodal e sua vivência entre mundos. |