Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Mello, Patrícia Piccoli de |
Orientador(a): |
Mello, Elza Daniel de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/164724
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Resumo: |
Introdução: A constipação funcional corresponde a aproximadamente 90 a 95% dos casos de constipação crônica infantil, sendo uma doença frequente e com grande impacto na qualidade de vida do paciente pediátrico e de sua família. O aumento do consumo de fibras na dieta está associado com estímulo da peristalse gastrointestinal, acelerando o trânsito colônico. Entretanto, ainda não existem evidências claras que corroborem o uso rotineiro da suplementação de fibras na dieta das crianças como parte do tratamento da constipação funcional. Objetivo: Reunir evidências atuais sobre o uso de fibras no tratamento da constipação em pacientes pediátricos. Métodos: Revisão sistemática com metanálise de estudos controlados randomizados identificados por meio de pesquisa nas bases de dados Pubmed, Embase, LILACS e Cochrane. Critérios de Inclusão: Estudos controlados randomizados; pacientes com idade entre 2 a 18 anos e com diagnóstico de constipação não orgânica em uso ou não de tratamento medicamentoso para constipação; artigos publicados em língua portuguesa, inglesa, espanhola, francesa e alemã; artigos documentados e/ou publicados em revistas acessíveis aos pesquisadores. Resultados: Foram encontrados 2.963 artigos na busca e, após avaliação adequada, 9 artigos mostraram-se relevantes frente aos objetivos do estudo. Um total de 680 crianças foram incluídas, sendo 45% meninos. Não foi demonstrado significância estatística da frequência evacuatória, da consistência evacuatória, do sucesso terapêutico, da incontinência fecal e da dor abdominal com o uso de fibras nos pacientes com constipação infantil. Esses resultados devem ser interpretados com atenção devido a alta heterogeneidade clínica entre os estudos e a limitação metodológica dos artigos selecionados para análise. Conclusão: Existe uma grande falta de estudos qualificados para avaliar a suplementação de fibras no tratamento da constipação infantil, gerando um baixo grau de confiança para se estimar o efeito real dessa intervenção na população em questão. Até esse momento, conforme a literatura atual, deve-se apenas recomendar a ingestão adequada de fibras (oriundas de alimento ou suplemento) conforme a idade para as crianças com constipação, não se devendo prescrever a suplementação de fibras como tratamento para crianças e adolescentes constipados. |