À margem da espera : escuta e transmissão de testemunhos de violência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Szuchman, Karine Shamash
Orientador(a): Palombini, Analice de Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196224
Resumo: A presente dissertação tem como ponto de partida as experiências da pesquisadora em diferentes projetos que trabalham com a escuta de testemunhos de violência. O objetivo geral desta pesquisa consiste em discutir as possibilidades de escuta e transmissão desses testemunhos, abordando e problematizando os impasses colocados tanto para quem sofreu episódios de violência quanto para quem os escuta na posição de testemunha. A metodologia utiliza-se das noções de constelação e ensaio, por entender que ao abordarem diferentes perspectivas de imagem e narração refletem pontos-chave do conteúdo trabalhado. Inicialmente apresenta-se o campo da experiência da pesquisadora, onde situam-se os testemunhos de violência e, a partir daí, os caminhos que derivaram questões para a pesquisa, ao passo que se introduzem as noções de espera e limiar. A parte seguinte visa debruçar-se sobre os desafios de “como escutar”, na tentativa de operar uma travessia do silêncio mudo ao silêncio narrativo. Em “como transmitir” propõe-se uma reflexão sobre os atributos alçados à catástrofe - inenarrável e inimaginável - destacando vias já abertas, como a ficção e a imagem, para a sua abordagem. Ao final, aponta-se uma ética do contágio, operada por uma ampliação dos sentidos corporais, como possível caminho para aproximar-se das margens, abrir limiares, e deslocar-se entre diferentes esferas. Fundamentada nos mesmos pressupostos que se defende para noção de testemunho – uma narrativa lacunar e ficcional –, a presente pesquisa não visa alcançar a totalidade e a verdade. Sublinha-se o horizonte inconcluso dessa pesquisa e sugere-se novas travessias a serem realizadas.