Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sanca, Quirino Salvador |
Orientador(a): |
Matos, Izabella Barison |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249349
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Resumo: |
Contexto: Numa perspectiva histórica são descritos os serviços e sistemas de saúde da Guiné- Bissau, destacando-se a persistência da medicina tradicional. Tendo conquistado sua independência de Portugal em 1973, o país apresenta legado de violências, carências e omissões do Estado que se reflete nas altas taxas de morbimortalidade, por doenças evitáveis, as quais denunciam o perfil epidemiológico da população e sua posição como um dos países mais pobres do mundo. Objetivo geral: Conhecer os sistemas e serviços de saúde da Guiné- Bissau e a presença da medicina tradicional. Metodologia: Estudo qualitativo, cujas fontes de pesquisa foram documentos (principalmente relatórios, cartilhas e outros materiais) de organizações globais/multilaterais/bilaterais e produções (artigos, livros, dissertações, teses, monografias) que trataram dos temas em pauta; tendo contemplado narrativas do autor e análises baseadas na perspectiva da hermenêutica-dialética. Resultados e discussão: O contexto estudado apresenta fragilidades e potencialidades, cujos pontos fracos são: 1) Os relativos ao Sistema Nacional de Saúde (SNS) e demais serviços, caracterizados por forte dependência financeira de parcerias internacionais; 2) O Estado não é provedor de condições mínimas de cidadania – direito à saúde, à educação, ao saneamento básico e à habitação; 3) A ausência de serviços de saúde pública ou precariedade da infraestrutura; além das barreiras de acesso (distância geográfica e linguística). Por outro lado, as potencialidades identificadas são: 1) A medicina tradicional praticada persistentemente por grande parte da população, destacando a ação de curandeiros – os djambacós; 2) A intensa atuação de organizações globais/multilaterais/bilaterais e confessionais que prestam assistência à população ou financiam ações; 3) Os temas “Política e Sistema de saúde” e “Medicina tradicional” – apontados como prioridade nacional na agenda de pesquisa e por parte de organizações globais. Considerações finais: A persistência, no tempo, das práticas terapêuticas da medicina tradicional, para além de suprirem lacunas assistenciais do SNS – e de serviços de saúde oferecidos por outras organizações/instituições – pode ser explicada pela cosmovisão da população sobre a tríade doença-saúde-cuidado que é mais próxima daquela dos djambacós e outros agentes da cura; diferentemente da abordagem dos profissionais de saúde da medicina oficial, que são formados numa lógica biomédica. |