Utilização de plantas medicinais e fitoterapia na estratégia saúde da família no município de Recife: impacto de ações implementadas sobre a prescrição e recomendação
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18299 |
Resumo: | A inserção das plantas medicinais nos sistemas de saúde tem sido recomendação da OMS em função da sua ampla utilização pela população, mesmo com acesso aos serviços de saúde. No Brasil, a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos veio a legitimar o uso de plantas medicinais no SUS, especialmente na atenção básica. No Recife, embora implantada antes das políticas nacionais, a fitoterapia teve nos últimos anos a implementação de novos serviços e a criação, em 2012, de uma política municipal respaldando a prática. Considerando o acima exposto, o objetivo do estudo foi avaliar o impacto na prescrição e recomendação da fitoterapia e plantas medicinais pela Estratégia Saúde da Família após a inserção de medicamentos fitoterápicos na rede SUS-Recife e a criação da Política Municipal de Práticas Integrativas e Complementares. Foi realizado um estudo descritivo de corte seccional e atributos de painel repetido entre Novembro e Dezembro de 2013 com médicos, enfermeiros e dentistas das Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário IV do Recife. Os dados obtidos constituíram o painel atual, que foram comparados aos dados de uma pesquisa realizada em 2011 (primeiro painel), previamente a disponibilização dos fitoterápicos na rede e a criação da Política Municipal, a qual abordou diversas práticas integrativas e complementares, incluindo a fitoterapia e plantas medicinais. Para análise estatística foi utilizado o teste de Qui-quadrado através do programa SPSS versão 13.0. Foram verificados entre os dois painéis, aumentos significativos relacionados ao uso pessoal da fitoterapia pelos profissionais, bem como o uso da fitoterapia e de preparações de plantas medicinais para suas famílias. Entretanto, a prescrição e a recomendação das práticas não elevaram-se significativamente. Avaliando o painel atual foi verificado que 70,0% dos profissionais não tem formação na área, embora 92,4% a deseje. Ainda verificou-se associação estatística entre a formação dos profissionais e a recomendação das práticas avaliadas, o que não foi observado para a variável prescrição. A implementação da fitoterapia e plantas medicinais no SUS-Recife mostrou-se conhecida por 66,7% dos sujeitos, com apenas 2,6% referindo não desejá-las. O conhecimento de legislação municipal foi relatado apenas por 12,3% dos profissionais e a disponibilidade de fitoterápicos na rede municipal por 45,2% dos participantes. Com os dados obtidos, foi possível concluir que apesar da evolução na implementação da fitoterapia e plantas medicinais no Recife, são necessárias ações para sua consolidação no sistema municipal de saúde, especialmente no que se refere à comunicação e divulgação dos serviços aos profissionais bem como a realização de capacitação e educação permanente na área, de forma a garantir o acesso do usuário a tais práticas. |