Insegurança alimentar e nutricional em famílias assistidas pela assistência técnica e extensão rural de Montenegro/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Campos, Luísa Leupolt
Orientador(a): Ruiz, Eliziane Nicolodi Francescato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271892
Resumo: Em 2022, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional apurou que 58% da população brasileira convivia com algum grau de insegurança alimentar e nutricional. No meio rural, 18,6% dos domicílios que se encontravam nessas condições vivenciavam a fome. A extensão rural pode atuar como um agente aliado na execução de políticas públicas de fomento à segurança alimentar e nutricional (SAN). Para implementar essas políticas e outras ações pertinentes, faz-se necessário identificar o possível público beneficiário. O objetivo deste trabalho foi investigar o cenário de insegurança alimentar e nutricional do público atendido pela extensão rural em Montenegro/RS. Entrevistaram-se as 49 famílias integrantes do Programa Socioassitencial (PSA) da Emater/RS-Ascar do município através da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Os resultados foram analisados com informações de conhecimento prévio da equipe de extensionistas e com os relatos dos entrevistados a respeito de suas condições relacionadas à SAN. Ainda, foi realizada uma entrevista com a Assistente Técnica Regional (ATR) da área social da Emater/RS-Ascar e outra com a Diretora de Assistência Social e Cidadania, da Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento e Cidadania de Montenegro, com a finalidade de entender como a temática é trabalhada pelas instituições que representam e quais as potencialidades e desafios percebidos por ambas. Os dados apontaram que 53,06% das famílias apresentavam situação de segurança alimentar e nutricional, ao passo que para 46,94% das famílias, a insegurança alimentar (IA) era uma realidade, sendo 26,53% em IA leve; 18,37% em IA moderada e 2,04% em IA grave. Os relatos dos entrevistados apontaram fatores como baixa renda, necessidade de venda de mão de obra e dificuldade de consolidar a atividade agropecuária como fatores que interferem em sua qualidade de vida. As entrevistas com as agentes de ATER e do poder público indicaram como desafios ao combate da IA a falta de dados locais e diagnósticos sobre o assunto; a carência de políticas públicas e a alta demanda. Como potencialidades, destacam-se a experiência da ATER para trabalhar com a pauta SAN de maneira transversal, a capilaridade da Emater/RS-Ascar no meio rural e a possibilidade de trabalhar de maneira intersetorial.