Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rafaelli, Letícia |
Orientador(a): |
Schlatter, Rosane Paixão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/218981
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Resumo: |
Introdução: A elevação dos gastos em saúde está relacionada principalmente ao envelhecimento da população e ao crescimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Entre as DCNT, as doenças cardiovasculares (DCV) destacam-se como a principal causa de morte nas Américas, respondendo por 45% de óbitos e no Brasil representam os maiores gastos de hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS). A escassez das informações sobre os custos reais incorridos na prestação dos serviços de saúde e a ausência de regularidade na correção dos valores da Tabela de Reembolso do SUS agravam a sustentabilidade do SUS. Objetivo: Estimar os custos de exames diagnósticos não invasivos utilizados no manejo de doença cardiovasculares através do método de microcusteio na perspectiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) no período de janeiro a julho de 2020. Métodos: Foi utilizado o método de microcusteio bottom-up para identificação e valorização dos recursos utilizados pelos pacientes individualmente, resultando em estimativas de custo mais precisas. A amostra foi consecutiva, em datas e turnos alternados para abranger diferentes equipes de profissionais que atuam na Unidade de Métodos Não Invasivos do Serviço de Cardiologia abrangendo 10 pacientes ambulatoriais para cada tipo de exame. Resultados: Foram incluídos 60 pacientes, dos quais 60% eram sexo feminino, todos atendidos pelo SUS. A idade média foi de 63 anos (dp=15,4). No geral, considerando todos os exames realizados, os custos diretos representaram em média 47% do custo total do exame e os custos indiretos (overhead), 53%. A participação percentual da equipe de pessoal totalizou 67% no Ecocardiograma, 66% na Ergometria, 64% nos exames de Eletrocardiograma e Holter e 44% no Ecocardiograma de Estresse e no MAPA. Na comparação do custo médio dos exames, estimado por microcusteio, com o valor de reembolso da Tabela do SUS, os percentuais de reembolso foram inferiores a 50% para todos os exames. Conclusão: Este estudo demonstrou que os custos reais dos exames diagnósticos não invasivos utilizados em doenças cardiovasculares, estimados por microcusteio na perspectiva do HCPA, são superiores ao reembolso realizado pelo SUS, ainda que houvesse a utilização de 100% da capacidade instalada. |