Angiografia coronária não-invasiva por meio de tomografia computadorizada: determinação da acurácia de sistema isotrópico com 32 colunas de detectores em pacientes com doença arterial coronariana avançada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Cordeiro, Marco Aurelio Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-10102014-095907/
Resumo: A doença arterial coronária (DAC) avançada caracteriza-se pela presença de vasos calcificados e difusamente estenosados, o que reduz a acurácia da angiografia coronária não-invasiva por meio dos atuais aparelhos de tomografia computadorizada (CT) com 16 colunas de detectores (16-MDCTA). O principal objetivo deste estudo foi tentar demonstrar uma acurácia diagnóstica global de pelo menos 90% para a detecção de estenoses coronárias >= 50% em pacientes com DAC avançada e alta probabilidade de possuírem escores de cálcio coronário elevados, mediante a utilização de um sistema de CT com 32 colunas de detectores, todas capazes de adquirir simultaneamente cortes com 0,5 mm de espessura (32x0,5-MDCTA). Angiografias coronárias sincronizadas ao traçado de ECG foram obtidas por meio da 32x0,5-MDCTA (32 cortes de 0,5 mm, voxels isotrópicos de 0,35x0,35x0,35 mm³, rotação do gantry a 400 ms) em 30 pacientes consecutivos (25 do sexo masculino, com idade média igual a 59±13 anos e índice de massa corpórea médio de 26,2±4,9 Kg/m²) e portadores de DAC avançada. As principais artérias nativas, incluindo seus ramos de primeira ordem com diâmetro >= 1,5 mm bem como os enxertos coronários existentes, foram avaliados de forma independente quanto à presença de estenoses >= 50%. Os stents foram excluídos. As angiografias coronarianas convencionais (realizadas em média 18±12 dias antes das respectivas 32x0,5-MDCTAs) foram analisadas de maneira quantitativa (angiografia coronária quantitativa). A mediana do escore de cálcio de Agatston foi igual a 510 (variação entre 3 e 5066). A sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos positivo e negativo para a detecção de estenoses >= 50% nas artérias coronárias nativas foram seguintes: 76% (29/38), 94% (190/202), 71% (29/41), e 96% (190/199), respectivamente. A acurácia diagnóstica global foi de 91% (219/240). Do total de vasos analisados, 20% (69/352) foram excluídos devido à existência de um dos seguintes artefatos: movimento, ruído e baixo realce do contraste radiológico isoladamente ou em conjunto (45/69 ou 65%), distorção da imagem secundária à presença de eletrodo de desfibrilador ou marcapasso (18/69 ou26%), e calcificação arterial excessiva (6/69 ou 9%). Conclui-se que a 32x0,5-MDCTA exclui com precisão as estenoses coronarianas >= 50% em pacientes com DAC avançada e escore de cálcio coronário elevado, com acurácia diagnóstica global de 91%