Avaliação da administração da cepa probiótica de Enterococcus faecium M7AN10 em modelo experimental de retocolite induzida por DSS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Larissa Aguiar
Orientador(a): Paz, Ana Helena da Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
DSS
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271483
Resumo: A retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença caracterizada por episódios recorrentes de inflamação que atinge predominantemente a mucosa do cólon e que ainda não possui etiologia e patogênese bem definidas. Fatores genéticos, ambientais, dietéticos e a inflamação crônica contribuem para sua fisiopatologia. Vários estudos já identificaram a presença da disbiose na RCU, por isso, o uso de probióticos surge como uma alternativa terapêutica, pois estes podem apresentar potencial anti-inflamatório e de recomposição da microbiota. Neste trabalho, foram avaliados os efeitos da administração do probiótico Enterococcus faecium M7AN10, isolado do leite de búfala, em modelo animal de retocolite ulcerativa induzida pela administração oral de 1,5% DSS (Dextran Sulfato de Sódio). O DSS foi administrado em água de beber por 7 dias. Os camundongos machos C57BL/6 receberam 3,5 x 108 UFC/mL de E. faecium M7AN10, por gavagem, durante 11 dias, 1 vez ao dia, antes e durante a indução da RCU. Durante o protocolo os animais foram avaliados e o índice de atividade da doença (IAD) foi atribuído. Após a eutanásia, o intestino, o soro e as fezes foram coletados. A administração da cepa probiótica E. faecium M7AN10 mostrou atenuar o IAD da RCU, nos dias 8 (p=0,0018) e 11 (p=0,0239), e promoveu uma redução no conteúdo de água nas fezes. Além disso, E. faecium M7AN10 foi capaz de reduzir a perda de produção de muco (p=0,041), os danos na mucosa e a inflamação no cólon, avaliados tanto por análise histológica (p=0,0058), quanto por análise da atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) (p=0,0012). O tratamento probiótico reduziu os níveis colônicos de TNF-α (p=0,0139) e aumentou os níveis de IL-17A (p=0,0405), mas não alterou significativamente os níveis de IL-6 e IL-1β. Com base nos resultados, pode-se concluir que a cepa de E. faecium M7AN10 apresentou um efeito benéfico para os animais com RCU induzida por 1,5% DSS. Estudos adicionais são necessários para demonstrar se a suplementação promoveu alteração na composição da microbiota dos animais.