Análise de microestrutura óssea de Provelosaurus americanus (Pareiasauria/Parareptilia) da formação Rio do Rasto (Permiano Médio/Superior) do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Farias, Brodsky Dantas Macedo
Orientador(a): Soares, Marina Bento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/248973
Resumo: A Paleohistologia se tornou bastante popular dentro da Paleontologia como uma das ferramentas mais confiáveis para obter informações paleobiológicas de vertebrados fósseis, não acessíveis por meio de estudos anatômicos tradicionais. A presente dissertação de mestrado utilizou essa ferramenta para obter os dados histológicos de Provelosaurus americanus, uma espécie do clado Pareiasauria encontrada apenas na América do Sul, e tecer as primeiras inferências relacionadas aos seus padrões de crescimento, estágio ontogenético e fisiologia, comparando-o com as poucas espécies de pareiassauros já estudadas paleohistologicamente. As descrições ósteo-histológicas de P. americanus aqui apresentadas provêm de elementos pertencentes a um único indivíduo (UFRGS-PV-0233-P) que foi encontrado em afloramento da Formação Rio do Rasto (Permiano Médio-Superior) da cidade de Aceguá, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram preparadas lâminas paleohistológicas de ossos longos, costelas e osteodermas. Os resultados obtidos mostram que os ossos longos apresentam uma matriz do tipo paralelo-fibrosa alternada com lamelar-zonal, com o espaçamento entre as linhas de crescimento, padrão consistente para Pareiasauria. A baixa vascularização do tecido se mantém constante até a região periférica do cortex. A presença de vascularização, de tecido ósseo paraleo-fibroso e a ausência de EFS (External Fundamental System) nessa região indicam que o crescimento ósseo ainda estava ocorrendo sob taxas muito baixas. A ausência de uma mudança clara no nível de vascularização, bem como de espaçamento entre as LAGS em direção a região periférica do córtex sugere um estágio ontogenético sub-adulto para esse indivíduo. A costela apresentou o maior número de linhas de crescimento indicando uma idade mínima de pelo menos 14 anos para esse indivíduo. Os osteodermas apresentaram resultados contrastantes em relação aos poucos osteodermas de pareiassauros já estudados, mostrando uma estrutura trilaminar (diploe) composta de um núcleo esponjoso e duas camadas de córtex compacto. A existência dessa estrutura sugere uma ossificação metaplástica pelo menos nos estágios iniciais de desenvolvimento