Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Karine Lohmann |
Orientador(a): |
Soares, Marina Bento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/185259
|
Resumo: |
A Formação Rio do Rasto pertence à sequencia do Permiano médio/superior da Bacia do Paraná aflora nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Brasil. Essa unidade continental, relacionada a um sistema fluvial, é dividida nos Membros Serrinha, na base, e Membro Morro Pelado, no topo. A presente tese de doutorado está organizada na forma de três artigos científicos relacionados ao Sítio São Jerônimo da Serra, pertencente ao Membro Morro Pelado, localizado no km 277 da rodovia PR-090, no estado do Paraná. Esta localidade tem revelado um rico conteúdo fossilíferos com registros de conchostráceos, bivalves, escamas de peixes paleonisciformes, elementos ósseos de anfíbios temnospôndilos, coprólitos, vertebrados indetermiandos, icnofósseis de vertebrados e plantas. O primeiro artigo traz uma análise do afloramento correlacionando aspectos geológicos (faciológicos e mineralógicos) com os registros fossilíferos. Nesta análise integrada, foram identificadas três tafofácies: tafofácies I,caracterizada por esqueletos preservados em fácies de planície de inundação; tafofácies II, constituída por ossos isolados e/ou pequenos fragmentados depositados em fácies de espraiamento terminal; e tafofácies III contendo grande quantidade de conchas e escamas de peixes, preservadas em fácies de depósitos de crevasse de alta energia. Esse estudo corroborou a interpretação paleoambiental para o Membro Morro Pelado como um ambiente com estabelecido em um clima semi-árido, onde a preservação dos fósseis foi condicionada pela restrição hídrica evidenciada pela presença de hematita. O segundo artigo acrescenta informações sobre o rinessuquídeo Australerpeton cosgriffi, com base em um crânio e uma mandíbula, coletados no Sítio São Jerônimo da Serra. São reconhecidas duas novas sinapomorfias para a espécie: longo processo cultriforme que transcende o nível das bordas posteriores das coanas e um par de elevações longitudinais paralelas à pré-maxila sem dentículos e que não contatam as coanas. São Jerônimo da Serra constitui a terceira localidade com registro de A. cosgriffi, demonstrando ser esta espécie um componente faunístico comum e bem sucedido nos ecossistemas flúvio-lacustres do Permiano médio/superior do sul do Brasil. O terceiro artigo, traz o registro e a descrição de um material pós-craniano de um Temnospondyli, também proveniente do Sítio São Jerônimo da Serra, referente a um novo táxon. A ausência de materiais cranianos não permitiu a identificação taxonômica em um nível menos inclusivo, mas a análise histológica realizada no fêmur permitiu a constatação de tratar-se de um indivíduo adulto, distinto de A. cosgriffi. Esses novos registros reforçam a importância do Sítio São Jerônimo da Serra, o qual serve de modelo paleoambiental para o Membro Pelado da Formação Rio do Rasto. |