Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pretto, Flávio Augusto |
Orientador(a): |
Schultz, Cesar Leandro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248968
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Resumo: |
O Período Triássico testemunhou um dos principais eventos na história da vida em nosso planeta, com o surgimento de Dinosauria, que viriam a dominar os ecossistemas do Mesozoico por mais de 150 milhões de anos. Embora o registro fossilífero de dinossauros mesozoicos seja abundante de maneira geral, os primeiros momentos de sua evolução ainda são pobremente amostrados. Os mais antigos registros inequívocos para o grupo provêm de estratos gonduânicos, sobretudo de localidades sul-americanas. Nesse sentido, fósseis provenientes das camadas da base da Sequência Candelária (sul do Brasil) e da Formação Ischigualasto (noroeste da Argentina) têm um papel fundamental no estudo das origens de Dinosauria. Essas camadas situam-se cronologicamente em meados do Carniano (com o datum mais antigo correspondendo a 231,4 Ma), e historicamente têm brindado dezenas de fósseis atribuíveis ao grupo. Com base na paleofauna dessas duas unidades se reconhece, por exemplo, que dinossauros já eram um grupo relativamente diverso durante o Carniano (apesar de esse ser o registro mais antigo do grupo), e pelo menos onze táxons são formalmente aceitos. De maneira geral, contudo, essas formas são bastante similares entre si anatomicamente, e não se reconhece uma grande disparidade morfológica, como a que se estabeleceria a partir do Jurássico. Ainda que o registro destes primeiros dinossauros esteja em crescente expansão, dado o aumento no esforço de coleta, a maioria dos táxons ainda é representada por espécimes fragmentários, o que limita o conhecimento de sua anatomia. A lacuna gerada por essa falta de dados, além de desestabilizar propostas filogenéticas, dificulta o reconhecimento de padrões evolutivos, como a ordem de aquisição de características ao longo de linhagens específicas de Dinosauria. Esta tese se justifica a partir dessa necessidade de aporte de dados, e tem como objetivo relatar novas descobertas realizadas pela equipe do Laboratório de Paleontologia de Vertebrados da UFRGS, em parceria com outras instituições. Entre os resultados diretos deste estudo, foi possível reconhecer um novo táxon referido a Sauropodomorpha, proveniente da base da Sequência Candelária, além de outros registros importantes. Em conjunto, os dados corroboram a ideia de que sauropodomorfos foram a linhagem mais diversa de Dinosauria durante o Carniano. Ainda, sugere-se que, num primeiro estágio da evolução do grupo, as principais modificações anatômicas se concentraram na região do crânio e da dentição e é possível que algumas dessas características tivessem relação com o aprimoramento da herbivoria no grupo. As mudanças mais drásticas no esqueleto pós-craniano só ocorreriam a partir do Noriano, e provavelmente estariam em grande parte relacionadas ao significativo aumento no tamanho corporal apresentado pelos sauropodomorfos da época. Essa tendência, de fato, se seguiria durante o restante do Mesozoico. |