We are all living in the world that is Brandy Alexander : hyperreality, beauty and monstrosity in Invisible Monsters

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Salgado, Bruna Miskinis
Orientador(a): Zanini, Claudio Vescia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259227
Resumo: Beleza e monstruosidade normalmente são vistas como opostas uma à outra, mas nos últimos anos, esses conceitos têm sido colocados lado-a-lado, com monstros bonitos cada vez mais presentes nas mídias, de vampiros a assassinos em série. Em Invisible Monsters, de Chuck Palahniuk, nós vemos as articulações desses conceitos, conforme os personagens se movem no espectro de beleza e de monstruosidade. Os personagens principais da história são a Shannon (a narradora), uma ex-modelo que se torna monstruosa ao atirar na própria cara; e o Shane, um homem transformado em uma mulher, a Brandy, não porque ele queria ser mulher, mas precisamente porque ele não queria. Os corpos desses personagens transitam entre convenções de gênero, tornando-os marginalizados em uma sociedade que tanto valoriza aparências. Considerando as teses do Cohen (1996), percebemos que esses personagens se tornam monstruosos ao representar os medos de nossa sociedade, sendo pessoas que não se conformam às funções esperadas e que transitam entre categorias, salientado a crise de categorias na sexualidade. Eles também fazem movimentos opostos na direção da beleza, de formas que se opõem ao esperado quando consideramos o gênero em que eles nasceram (WOLF, 2002). Como um dos resultados desses movimentos, Brandy se torna tão bonita, que ela se torna sublime, conforme a definição utilizada por Burke (2009), sendo a sua beleza tão próxima dos padrões de beleza inatingíveis, que ela se torna hiper-real, um simulacro de beleza, conforme as definições de Baudrillard (1994). Ela se torna como uma deusa no mundo da Shannon, reinando suprema sobre ela. Considerando esses conceitos e como eles figuram no romance, eu discuto como ambas as personagens articulam suas monstruosidades de formas físicas e morais, olhando para suas belezas e monstruosidades tanto como opostas quanto como alinhadas durante a história.