Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Roberta Spessatto da |
Orientador(a): |
Schwindt, Luiz Carlos da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197649
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Resumo: |
O gênero é um termo polissêmico utilizado em diferentes âmbitos e o seu significado se adapta ao contexto no qual é inserido e estudado. Neste trabalho, a abordagem desse termo se restringe ao gênero gramatical. Baseando-nos no trabalho de Schwindt (2019) sobre o português brasileiro, nesta dissertação, fizemos uma análise do sistema de marcação do gênero gramatical da língua espanhola em substantivos terminados em /a/, /e/ e /o/, a partir dos conceitos de disponibilidade e rentabilidade (CORBIN, 1987), sob a ótica da escola estruturalista. Inicialmente, o estudo se justifica pelo fato de muitos falantes associarem o gênero gramatical apenas ao sexo biológico e buscarem justificativas para a utilização da linguagem inclusiva. O objetivo deste trabalho, portanto, é analisar se a língua espanhola possui um caráter sexista pelas suas marcas de feminino e de masculino, bem como o uso do segundo como gênero não marcado. Assim sendo, buscamos analisar quão predizível é o gênero dos substantivos em espanhol. Por um lado, segundo Morera (2011), Dewaele e Véronique (2001), o gênero dos substantivos é idiossincrático e determinado lexicalmente. Por outro lado, Corbett (1991) sustenta a ideia de que falantes nativos têm a habilidade de atribuir gênero aos substantivos da língua, sendo o gênero algo mais transparente aos falantes e menos memorizado e gravado idiossincraticamente no léxico. Dessa forma, buscamos comparar a marcação de gênero em substantivos do espanhol com pesquisas já apresentadas da marcação do português sob a ótica da produtividade morfológica – disponibilidade e rentabilidade. Analisamos, aqui, a marcação de gênero de substantivos em espanhol na linguagem vernacular de mulheres falantes nativas do espanhol peninsular em cinco entrevistas de um canal feminista do Youtube chamado BuzzFeed. Foram analisados cinco vídeos, totalizando 43 minutos de espanhol falado. Os dados analisados justificam a intuição dos falantes sobre um sistema binário – que pareia nomes terminados em /a/ ao feminino e /o/ ao masculino - e os resultados corroboram a hipótese da predizibilidade da marcação de gênero e da incoerência da chamada linguagem inclusiva ou não sexista, visto que seu uso não contempla a produtividade morfológica. |