Impacto das práticas educativas parentais na qualidade de vida relacionada a saúde bucal de crianças e adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Goulart, Mariél de Aquino
Orientador(a): Celeste, Roger Keller
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250238
Resumo: Os cuidadores são os responsáveis pela manutenção da saúde e consolidação de hábitos saudáveis da criança, mas pouco se sabe sobre essa relação. Por este motivo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto das práticas educativas maternas e paternas na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHRQoL) de crianças e adolescentes de acordo com o ponto de vista da criança. Este foi um estudo transversal em que todos os escolares com mais de 9 anos da cidade de Pejuçara, Rio Grande do Sul, foram convidados a participar. O número de dentes cariados, perdidos e obturados foi medido para dentição permanente e decídua. O instrumento sobre Impacto Bucal nas Performances Diárias (OIDP) foi utilizado para medir a OHRQoL. As práticas educativas parentais (monitoria positiva, comportamento moral, monitoria negativa, punição inconsistente, disciplina relaxada, negligência e abuso físico) foram medidas pelo Inventário de Estilos Parentais (IEP). Um questionário socioeconômico e de história odontológica foi respondido pelos pais e pelas crianças, respectivamente. Um modelo bruto e um modelo ajustado foram desenhados para cada prática parental e analisados com modelos lineares generalisados no software R. O modelo ajustado considerou sexo, idade, renda famíliar equivalente, nível educacional materno e paterna, presença de dor dentária nos últimos 6 meses e presença de cárie não tratada. Desenhou-se um modelo completo que incluiu também todos os domínios do IEP. A taxa de resposta foi de 75,6% (n=329). O OIDP>0 foi mais prevalente em meninas (31,9%) e participantes com menos de 12 anos (22,5%). Uma em cada quatro crianças sentiu dor de dente (p=0.01) e 15,8% tinha cáries não tratadas. Mães com atitudes negligentes de risco aumentam em 2.89 as chances da criança ter impacto na qualidade de vida (95%CI 1.16, 7.73). Se pais e mães não praticam a monitoria positiva das crianças, maiores as chances da criança ter algum impacto na OHRQoL (OR = 2.98 95%CI 1.20, 8.08). No modelo completo, essa associação é de 5.14 (95%CI 1.35, 22.17). Estes dados sugerem que a monitoria positiva apresenta um papel importante na OHRQoL. Infere-se que novas abordagens preventivas possam tomar como base o desenvolvimento da monitoria positiva e um olhar para família, principalmente em casos de difícil manejo ou adesão.