Desvendando a relação entre Migranea e alterações inespecíficas da substância branca em estudos de ressonância magnética : uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Viuniski, Verena Subtil
Orientador(a): Duarte, Juliana Ávila
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/240344
Resumo: Migranea é uma doença altamente prevalente na população geral, e por mais intensas e debilitantes que possam ser as crises de dor, acredita-se ser de natureza benigna. No entanto, frente o aumento de frequência das crises ou mesmo a piora na intensidade da dor, o paciente portador da doença é submetido a investigação por exame de Ressonância Magnética. Em uma parcela considerável desta população, um achado peculiar nestes exames são lesões em substância branca, geralmente em localização profunda, as quais ainda não são completamente compreendidas fisiopatologicamente, e presume-se estarem relacionadas à migranea em si. Na literatura médica atual, há uma quantidade limitada de estudos investigando a natureza destas anormalidades e existem duas metanálises publicadas previamente que estabelecem uma provável relação causal entre migranea e alterações da substância branca. No entanto, os mecanismos fisiopatológicos por trás deste fenômeno ainda não foram elucidados. Materiais e Métodos: Nesta revisão sistemática da literatura, for realizada busca de artigos completos em três plataformas digitais de literatura científica médica (Embase, MEDLINE/PubMed e LiLaCs)por meio das palavras chaves "migraine", "MRI scan", "white matter" e termos análogos. A busca foi realizada no dia 31 de Maio de 2020. Os critérios de inclusão compreendiam: estudos publicados em periódicos indexados, realizados entre 1990 e 2020, compreendendo população acima de 18 anos e com exames realizados em equipamento de RM com campo magnético igual ou superior a 1,5 Tesla. Estudos com pacientes portadores de outras doenças do sistema nervoso central, doenças autoimunes ou com desfechos relacionados a alterações cardiovasculares e neurovasculares foram excluídos. Resultados: Foram selecionados nove artigos entre os 168 artigos originais, satisfazendo os critérios de inclusão e exclusão. Devido a heterogeneidade dos resultados dos artigos selecionados, a análise estatística por metanálise não foi realizada. Dos artigos selecionados, cinco artigos estabeleceram provável relação entre o tempo de doença e a frequência das crises migranosas com a presença de alterações da substância branca em pacientes portadores de migranea. Os achados reforçam a necessidade de estudos com um número maior de pacientes, onde idealmente a seleção de participantes se dê por meio dos critérios diagnósticos postulados pela International Headache Society (IHS) em sua versão mais recente, com protocolos de aquisição de imagem de RM padronizados e reprodutíveis, softwares validados e se possível com padrão estabelecido para aferição do número de lesões e respectivos volumes, reportando sua localização no 9 tecido cerebral e nos lobos cerebrais, além de controles pareados e posterior comparação de seguimento após pelo menos 36 meses.