MINI é um instrumento adequado para diagnosticar transtornos bipolar e depressivo maior? : um estudo comparativo entre o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) e a entrevista clínica em mulheres e homens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Graziela Smaniotto
Orientador(a): Capp, Edison
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263472
Resumo: Objetivo: O Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) é um dos instrumentos mais utilizados para avaliação dos Transtornos Mentais, desempenhando um papel essencial na pesquisa psiquiátrica e na prática clínica e hospitalar. Apesar disso, a precisão do MINI, quando empregado por um psiquiatra, é pouco estudada, particularmente em relação ao Transtorno Bipolar (TB). O diagnóstico precoce de TB e de Transtorno Depressivo Maior (TDM) é de extrema importância, pois oportuniza intervenção que pode reduzir impacto no cotidiano e na funcionalidade do paciente. Como tal, este estudo avalia a adequação do MINI para diagnosticar TB ou TDM em uma amostra de pacientes com Transtornos de Humor. Método: A concordância entre o MINI e a entrevista clínica foi avaliada em uma amostra de 347 pacientes ambulatoriais pelo cálculo de kappa de Cohen, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e área sob a curva (ASC). Resultados: A amostra foi composta por 347 pacientes com transtornos de humor. 279 eram mulheres (80,40%), 105 (30,3%) foram diagnosticados com TDM e 242 (69,7%) com TB a partir da avaliação realizada na entrevista clínica. Na avaliação do MINI, 97 indivíduos (28%) foram classificados com diagnóstico de TDM e 250 (72%) com TB. Encontramos uma sensibilidade de 87,2% e especificidade de 62,8% para o MINI no diagnóstico de TB e um kappa de Cohen entre o MINI e a entrevista clínica de 0,51. A ASC foi de 0,75. Limitações e implicações: A amostra do estudo foi composta apenas por pacientes com Transtornos do Humor, o que pode ser considerado como um viés de seleção. Porém, a amostra composta de pacientes atendidos em serviços terciários de saúde mental, geralmente com quadros moderados a graves, possibilitou a comparação entre grupos mais homogêneos. Conclusões: O MINI tem maior sensibilidade (87,2%) para o diagnóstico de ME e maior especificidade (87,2%) para o diagnóstico de TDM. Além disso, os valores moderados de kappa de Cohen (0,51) e ASC (0,75) entre o MINI e a entrevista clínica podem ser considerados aceitáveis quando se considera a maioria dos instrumentos de diagnóstico psiquiátrico disponíveis.