Avaliação farmacêutica de pacientes adultos com fibrose cística em tratamento ambulatorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Camara, Rafaela de Jesus
Orientador(a): Dalcin, Paulo de Tarso Roth
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271234
Resumo: Introdução: Estudos sobre reconciliação medicamentosa (RM) ambulatorial em pacientes adultos com fibrose cística são escassos. Objetivo: Avaliar a RM ambulatorial em indivíduos adultos com fibrose cística, de forma a identificar a prevalência de discrepâncias, estabelecendo associações com características clínicas dos pacientes. Secundariamente, identificar prevalência de interações medicamentosas e dificuldades de acesso aos medicamentos. Métodos: Estudo transversal com coleta de dados prospectiva. A mediana das discrepâncias identificadas foi usada para dicotomizar a amostra para análise: Grupo 1 (0 a 1 discrepância) e Grupo 2 (2 ou mais discrepâncias). Resultados: Dos 65 indivíduos do estudo, 26 (40%) apresentaram uma ou nenhuma discrepância, enquanto 39 (60%) tiveram mais de duas discrepâncias medicamentosas. A mediana das discrepâncias foi 2. A mediana de utilização de medicamentos foi de 9, sendo que 35 (53,8) pacientes usavam medicamentos por prescrição somente pelo ambulatório de FC, enquanto 30 (46,2%) utilizavam medicamentos prescritos também em atendimento externo. Cinquenta e dois pacientes (80,0%) realizavam automedicação. O número de medicações utilizadas foi significativamente maior no grupo 2 do que no grupo 1 (respectivamente, mediana de 11,0 versus 7,5 p=0,003). A presença de automedicação foi significativamente maior no grupo 2, do que no grupo 1 (respectivamente, 92,3% versus 61,5%, p=0,006). Catorze pacientes (21,5%) apresentaram IM do tipo X (evitar) e 26 (40%) apresentaram IM do tipo D (considerar modificações). A presença prescrição externa, comparada com a prescrição exclusiva do ambulatório de FC, se associou significativamente com o maior número de IM tipo X e D; respectivamente, 20 (64,5%) versus 11 (35,5%), p=0,010. A maior parte dos pacientes relatou dificuldade de acesso aos medicamentos. Conclusão: Foi identificada elevada prevalência de discrepâncias (83%) no processo de reconciliação medicamentosa no tratamento ambulatorial de indivíduos adultos com FC. A presença de discrepâncias se associou com o número de medicações utilizadas e com a presença de automedicação. Ainda, 21,5% dos pacientes apresentaram IM graves, as quais se associaram com a prescrição externa ao ambulatório de FC.