Produção de alimentos orgânicos e perspectiva de atores não consumidores sobre canais de distribuição, na cidade de Porto Alegre/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Viana, Hildebrando Mazzardo Marques
Orientador(a): Silva, Tania Nunes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/170264
Resumo: Este trabalho tem como objetivo identificar quais são os canais de distribuição disponíveis para os produtores de alimentos orgânicos na cidade de Porto Alegre/RS, e quais são perspectivas sobre os mesmos, além de quais motivos os levam a preterir outros canais. Além disso, a agricultura orgânica e agro ecológica demonstra uma forte ligação com o tema sustentabilidade, e tendo isso como pressuposto, o estudo identificou de que forma isso influencia a decisão dos produtores na escolha de determinado canal. Além da dificuldade em produzir em larga escala, e com qualidade, fazer esses alimentos chegarem do produtor ao consumidor em condições adequadas está entre os principais desafios encontrados pelo produtor. Os canais à disposição são baseados em cadeias curtas, característica na produção dos alimentos orgânicos, e nesse ponto, o produtor tem um papel relevante pela escolha do canal, ou canais, que adotará para a distribuição de sua produção. Para o desenvolvimento dessa dissertação foi investigado pela perspectiva de treze atores não consumidores, questionando como eles percebem as opções de canais de distribuição existentes, quais suas opiniões sobre os mesmos, e como eles decidem por determinado canal. As informações foram coletadas através de entrevistas semi estruturadas, com produtores de alimentos orgânicos, proprietários de sites de comércio eletrônico que comercializam produtos orgânicos, coordenadores de feiras orgânicas e servidores da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio de Porto Alegre (SMIC). A partir dessa pesquisa e considerando as características identificadas na literatura, tanto da perspectiva da sustentabilidade, quanto dos canais de distribuição, dos alimentos orgânicos e das cadeias agroalimentares curtas, verificou-se uma grande preferência, e dependência, de canais tradicionais, especialmente as feiras de produtores. Isso se dá principalmente por um forte senso de comunidade formado em torno da produção orgânica, que engloba produtores, consumidores e demais atores envolvidos no processo. Novas alternativas de canais que se apresentam no mercado também são de conhecimento desse público, no entanto, requerem um grau maior de organização, e inclusive de formação, desses produtores para que sejam devidamente utilizados. E, por fim, outros canais tradicionais, como as redes de varejo, também tem a possibilidade de aumentar sua representatividade, ajustando-se e adaptando seus processos para contornar os motivos que levam os produtores a preteri-los.