Estrutura de distribuicao de pereciveis agricolas no abastecimento da cidade de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Buneder, Ricardo
Orientador(a): Luce, Fernando Bins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/148927
Resumo: O estudo da estrutura de canais de distribuição de perecíveis agrícolas traz consigo conceitos a respeito dos qlliris a grande parte da população desconhece. As pessoas, de um modo geral, dirigem-se até o supermercado, fruteira, quitanda, enfim, até o varejo, fazem suas compras e, sequer têm idéia do número de pessoas e instituições envolvidas com a distribuição dos perecíveis agrícolas. Com o intuito de mostrar os caminhos percorridos por esses produtos, desde que saem das propriedades dos produtores até chegarem às prateleiras do varejo, foi concebido esse trabalho. Com base em levantamentos de campo, levantou-se dados junto a instituições envolvidas, direta ou indiretamente, com a distribuição de perecíveis no que diz respeito ao papel desempenhado por essas instituiçÕes no cumprimento das funções e fluxos de marketing. O estudo está limitado à pesquisa de quatro produtos agrícolas perecíveis, quais sejam: a banana, a laranja, o pessego e a uva. A justificativa para tal escolha está na relevância desses produtos para a economia gaúcha e, também, pelo seu elevado grau de perecibilidade, o que lhes confere características peculiares, principalmente no que diz respeito ao transporte e à armazenagem. A fim de se ter uma idéia da relevância desses produtos em termos de consumo in natura, dados referentes ao ano de 1988 indicam que foram comercializadas as seguintes quantidades de cada um desses perecíveis na cidade de Porto Alegre: -banana: 60.000t, o que corresponde a US$ 9.700.000,00; - laranja: 48.000t, o que corresponde a US$ 9.700.000,00; - pessego: 2. 500t, o que corresponde a US$ 156.000,00; e - uva: 18.000t, o que corresponde a US$ 4.000.000,00. Os resultados desse estudo permitiram concluir que, ao menos no curto prazo, os canais de comercialização de perecíveis agrícolas deverão permanecer inalterados, uma vez que a estrutura de distribuição vigente é a mais eficiente para o momento econômico atual. Além disso, o grande varejo, ou seja, os supermercados, ainda não atingiram sua maturidade no Brasil, pois esses estabelecimentos são ainda jovens, possuem aproximadamente 30 anos de existência. No que diz respeito ao setor de hortifrutigranjeiros, esses são ainda mais jovens nos supermercados, possuem de 2 a 3 anos de existência. Assim sendo, entende-se porque esses estleclirentos sao responsáveis por 30% do volume total de pereciveis agrícolas comercializado em Porto Alegre, contra um volume de 70% comer cializado no pequeno varejo - fruteiras, quitandas, rninirnercados, etc. Dessa forma, os resultados desse trabalho permitem vislumbrar uma modificação na estrutura de distribuição daqueles produtos somente após os supermercados terem atingido sua maturidade.