A agricultura familiar brasileira exportadora na economia-mundo capitalista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Hythakar Secco de
Orientador(a): Filippi, Eduardo Ernesto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197635
Resumo: A tese busca identificar as funções sistêmicas exercidas por um segmento de pequenos estabelecimentos (agricultores familiares) crescentemente orientados à exportação. Tal processo é relativamente novo e adquire relevância diante do padrão histórico de divisão e hierarquização interna do trabalho agropecuário, pelo qual aos pequenos estabelecimentos semiproletários está atribuída a segurança alimentar doméstica. A pesquisa está teórica e metodologicamente ancorada na Análise dos Sistemas-Mundo e organizada em cinco capítulos. O capítulo dois apresenta os fundamentos e premissas da abordagem teórica. O capítulo três demonstra, a partir de uma longa reconstituição histórica, a existência de uma divisão do trabalho agrícola nacional. A função sistêmica aí identificada é interna (ou secundária) e refere-se ao ajustamento preliminar dos pequenos estabelecimentos rurais às mudanças sistêmicas, do que resulta grande contribuição às possibilidades internas de acumulação. O capítulo quatro dimensiona, a partir de dados oficiais, a participação das cooperativas de agricultores familiares nas exportações nacionais e sua evolução entre os anos 2011 e 2016. Na sequência são identificados, a partir da pesquisa de campo, elementos-chave dos processos de acesso aos mercados estrangeiros para concluir que as exportações diretas (sem intermediários), embora representem um acréscimo à função sistêmica periférica, desafiam, ainda que modestamente, tanto a divisão interna do trabalho como a tendência de concentração de riqueza, permitindo que os produtores se apropriem da parcela do intermediário – doravante seu caráter antissistêmico. Finalmente, as evidências de uma metagovernança para a formação de uma oferta agropecuária particular a partir da arregimentação massiva de pequenos estabelecimentos rurais em nível global apontam para um processo de adensamento (e não do alargamento) da condição periférica nacional.