Agricultura familiar no município de Queimadas, PB: forma de organização, desafios e perspectivas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: SILVA, Antonia Maria da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2964
Resumo: A agricultura familiar é uma atividade em ascensão, principalmente nos países desenvolvidos, e seu crescimento é motivado por vários fatores, dentre os quais a crescente demanda por alimentos, a continua inovação tecnológica, além da ação do Estado que procura implementar a produção oferecendo incentivos ao produtor, encarando esta como uma atividade importante para a politica salarial. Destaca-se também o nível de organização e de cooperação entre os agricultores familiares europeus. No Brasil a atividade nasce pequena, desorganizada e marginalizada em relação à grande monocultura. A modernização agrícola não muda esse quadro; c o grande produíor que continua recebendo os benefícios concedidos peio Estado. Na região Nordeste, além da maioria dos estabelecimentos serem muito pequenos, há a ocorrência das secas no semi-árido. A agricultura do município de Queimadas tem como características a grande concentração de terras, sendo a produção familiar responsável pela maior parte da produção de subsistência. Merece destaque o grande crescimento da população urbana em relação à rural. No que se refere ao emprego no campo, a maior parte do pessoal ocupado - 69% - está em estabelecimentos com menos de cinco hectares. De acordo com os dados colhidos em pesquisa de campo, com uma amostra de cinqüenta agricultores, há baixo nível de instrução, tanto entre os chefes de estabelecimentos quanto entre as esposas e os filhos. Devido à seca que assolou a região em 1999, o rendimento agrícola vegetal foi quase nulo, enquanto a renda oriunda da produção anima!foi mais significativa. A maior parte das rendas das famílias tem origem não agrícola, seja em atividades não agrícolas ou em benefícios da Previdência Social, além da ajuda de filhos em alguns casos. Viu-se que a viabilidade da agricultura familiar depende da coexistência das atividades não agrícolas, além dos benefícios da Previdência. Em relação à sustentabilidade, viu-se que as técnicas produtivas utilizadas degradam o meio ambiente, e do ponto de vista socioeconômico, o grande número de famílias em pequenos estabelecimentos aliado ao baixo nível de instrução não têm auferido a reprodução das famílias, forçando os filhos a migrarem.