Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nunes, André Görgen |
Orientador(a): |
Kruel, Cleber Rosito Pinto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/189129
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Resumo: |
Introdução: A disparidade entre o número de candidatos a transplante hepático e de enxertos disponíveis, gera o fenômeno de escassez de enxertos. Para enfrentar esse problema, uma das estratégias possíveis é a expansão dos critérios para aceitação de enxertos. Todavia o uso de enxertos não-ideais aumento o risco de disfunção primaria do enxerto (DPE). O diagnostico precoce da DPE pode potencialmente levar a uma mais rápida intervenção. Diversos biomarcadores foram estudados para o diagnóstico da DPE, porem ainda não há um consenso sobre o tema. Objetivo: Revisar a literatura sobre o tema da disfunção do enxerto e validar o Fator V plasmático no primeiro dia pós-operatório (1ºPO) como um biomarcador de DPE e perda precoce do enxerto após transplante hepático. Métodos: Análise retrospectiva dos níveis de Fator V no 1ºPO de transplante hepático. Pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com os níveis de Fator V: ≤36.1U/mL e >36.1U/mL. O desfecho primário foi DPE como definido por Olthoff et al. Preditores dos desfechos foram identificados por regressão logística. Resultados: 227 pacientes foram incluídos no estudo: 74 com Fator V ≤36.1U/mL e 153 com Fator V >36.1U/mL. Dentre os pacientes com Fator V ≤36.1U/mL, 41 (55.4%) tiveram DPE, enquanto 20 (13.1%) pacientes com Fator V >36.1U/mL tiveram DPE, p<0.001. Em um modelo de múltiplas variáveis, Fator V plasmático foi um preditor contínuo de DPE [OR=0.96 (95%CI 0.94-0.98) por U/mL]. Entre os dois grupos em estudo, pacientes com Fator V ≤36.1U/mL tiveram sobrevida do enxerto em 1, 3 e 6 meses de 82%, 74% e 74%, respectivamente, enquanto pacientes com Fator V >36.1U/mL tiveram sobrevida do enxerto de 98%, 95% e 95%, respectivamente (p=0.001). Fator V foi um preditor contínuo para perda do enxerto em 3 e 6 meses [(OR=0.96 (95%CI 0.94-0.99) e OR=0.97 (95%CI 0.94-0.99) per U/mL], enquanto a definição de DPE não foi significante quanto ajustada para os níveis de Fator V. Conclusão: Fator V é um biomarcador precoce de EAD e pode ser aplicado de forma contínua como preditor de perda precoce do depois de transplante hepático. |