Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Gustavo Rovetta |
Orientador(a): |
Fleury, Lorena Cândido |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249757
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Resumo: |
Esta tese de doutorado em desenvolvimento rural trata dos desenhos ontológicos em disputa e das paisagens multiespécie em um grande território quilombola do extremo-norte do Espírito Santo, Brasil, conhecido pelos quilombolas e seus parceiros como Sapê do Norte. Entendo este trabalho como um exercício de aplicação das contribuições advindas da virada ontológica sobre a ecologia política e a questão ambiental e dos estudos raciais e sobre a colonialidade, com o propósito de ampliação do que, enquanto pesquisadores, podemos entender como desenvolvimento rural em sua diversidade de processos, sujeitos e manifestações na realidade. A pesquisa fundamentou-se nos conceitos de desenhos ontológicos, de Arturo Escobar, e paisagens, de Anna Tsing. São analisadas três perspectivas sobre o Sapê do Norte: os desenhos ontológicos quilombolas, que entrecruzados produziram um território e uma paisagem quilombola; os desenhos ontológicos coloniais da indústria de celulose, sobretudo materializados nos monocultivos de eucalipto; e, por fim, as formas de captura da agroecologia e do desenvolvimento rural contidos nos desenhos ontológicos de um quilombola da comunidade de Angelim 1. Desse modo, são demonstradas as formas como a indústria de celulose e o Estado romperam as condições de habitabilidade das paisagens multiespécie e de reprodução dos desenhos ontológicos quilombolas e, por outro lado, como através dos desenhos ontológicos de João Batista, quilombola que é o principal interlocutor dessa pesquisa são encampadas novas formas de concepção e produção do Sapê do Norte, enquanto território e paisagem, em vista da superação das condições coloniais impostas pelos monocultivos de eucalipto. |