Espaço de vida, espaço de luta : um estudo etnográfico da Farmacinha Comunitária da Solidão em Maquiné, Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Erice, Adriana Samper
Orientador(a): Marques, Flávia Charão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
MMC
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132971
Resumo: A seguinte Dissertação de Mestrado é o resultado de uma etnografia em campo, dentro do Mestrado em Desenvolvimento Rural. A pesquisa centra-se no Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e na Farmacinha Comunitária do vale da Solidão (Maquiné, RS), espaço onde as mulheres se reúnem para elaborar remédios com plantas medicinais. Esta Farmacinha surgiu em 1991, sendo a precursora de mais de 70 experiências similares. Esta dissertação tem como objetivo analisar, sob a ótica da teoria pós-colonial e da pós-modernidade, qual é o modelo de desenvolvimento que estas mulheres propões e constroem, frente a lógica do discurso desenvolvimentista institucional. Para este fim o trabalho divide-se em três partes. A primeira analisa os diferentes discursos de desenvolvimento a respeito da mulher e do rural, para tratar na segunda parte sobre o próprio MMC e seu discurso feminista e de desenvolvimento, percebido aqui como uma forma de resistência e de revindicação da importância do 'papel da mulher' e da 'luta pela vida'. A terceira e última parte do trabalho analisa as práticas concretas e cotidianas da Farmacinha da Solidão, cujas atividades vêm sendo acompanhadas desde 2012. Se bem estas atividades referem-se em grande parte à elaboração de remédios com plantas medicinais, a perspectiva aqui adotada faz com que percebamos a Farmacinha como um lugar onde o cotidiano e o pessoal tornam-se políticos e enfrentam o modelo, que pretende-se hegemônico, de desenvolvimento.