Ação empresarial e reformas neoliberais no Brasil, 1995-2002

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Guzman, Socrates Jacobo Moquete
Orientador(a): Baquero, Marcello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/195982
Resumo: Este estudo tem como objetivo principal examinar o processo político que levou ao empresariado industrial brasileiro a se comportar de maneira aparentemente contraditória relativamente ao projeto dos governos FHC de transferir para o setor privado o comando das decisões de poupança e investimento da nação, através das denominadas reformas de mercado. Utilizando um esquema analítico simples sobre as etapas que caracterizam o processo político, elaborado por Slembeck, que privilegia as estratégias dos atores, deixando em aberto os possíveis resultados de fenômenos políticos, econômicos e sociais, procurou-se explicar a ação do empresariado industrial, uma parte do qual liderou um movimento pela retomada de políticas ativas no setor industrial as quais entravam em contradição com os fundamentos do projeto neoliberal em execução assim como com a natureza adquirida pelo capitalismo em nível mundial, dominado pelo capital financeiro especulativo. A principal conclusão que se derivou da análise dos dados foi que, o fato de ser o empresariado paulista que encabeçasse o movimento pelo retorno de políticas ativas na área industrial teve uma causa principal: o impacto negativo da guerra fiscal no desempenho da economia paulista determinou que o empresariado de esse estado desenvolvera uma estratégia para unificar em um projeto de abrangência nacional, as demandas do resto do empresariado brasileiro contra os efeitos da política econômica recessiva em implementação, que vinha sendo quase unanimemente rejeitada pelos setores produtivos. A criação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MDIC, foi o símbolo dessa luta, razão pela qual dedicamos maior atenção ao processo que conduziu a sua formação.