Avaliação da atenção primária à saúde para coordenação das redes de atenção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Damaceno, Adalvane Nobres
Orientador(a): Lima, Maria Alice Dias da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219871
Resumo: Introdução: Novas formas de integração dos serviços de saúde têm sido propostas, com base no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), principalmente, por meio de seu atributo de coordenação, colocando-a como um eixo estruturante dos Sistemas Universais de Saúde. Uma das propostas de integração constitui-se na implementação de Redes de Atenção à Saúde, conceituadas como os serviços e ações que intervêm em processos de saúde-doença em diferentes densidades tecnológicas, logísticas e de gestão. Objetivo: Avaliar a capacidade da Atenção Primária à Saúde para coordenar as Redes de Atenção à Saúde. Métodos: Tratou-se de um estudo do tipo transversal analítico, que foi realizado nas Unidades de Saúde da Atenção Primária do município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram selecionadas 41 Unidades de Saúde por meio de amostragem aleatória sistemática. A amostra do estudo foi composta por 371 trabalhadores de saúde, selecionados por meio de amostragem por cotas. Para a coleta dos dados foi aplicado o Instrumento de Avaliação da Coordenação das Redes de Atenção à Saúde pela Atenção Primária (COPAS), no período de novembro de 2018 a maio de 2019. Resultados: A idade mediana foi de 39 anos, com um intervalo interquartílico de 32 a 48 anos. O tempo mediano de serviço na APS foi de 6 anos, com intervalo interquartílico de 4 a 10 anos. A fidedignidade do instrumento, avaliada por meio do coeficiente Alfa de Cronbach, demonstrou que todas as dimensões tiveram coeficientes acima de 0,70. Quando comparadas as dimensões do COPAS com os modelos de atenção à saúde (Estratégia de Saúde da Família e Unidade Básica de Saúde Tradicional) não houve diferença significativa entre os escores (p<0,005). Constatou-se o menor escore da dimensão “Sistemas Logísticos” (registro eletrônico, sistemas de acesso e regulação e os sistemas de transporte) em relação às demais dimensões do instrumento. A dimensão “Sistemas de Apoio” (serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, sistemas de informação e sistemas de teleassistência) obteve o menor escore na comparação com as Gerências Distritais. O escore global da avaliação da capacidade da APS em coordenar redes de atenção atingiu 60,01%. Conclusões: A análise da capacidade da APS em coordenar as RAS mostra-se relevante no escopo da avaliação em saúde e na implementação do cuidado integrado. Além disso, reafirma o papel central da APS como porta de entrada do sistema de saúde, ordenadora de fluxos dos sistemas de saúde. O estágio de desenvolvimento da APS, classificada como “Condição boa, requer a implementação e utilização de tecnologias da informação, protocolos para regulação dos serviços e garantia de acesso aos serviços de saúde. Essas ações revelam-se necessárias para melhoria do cuidado sequencial e complementar entre os níveis de atenção.