Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Engelman, Débora |
Orientador(a): |
Dornelles, Leni Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/131013
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Resumo: |
A pesquisa apresentada nesta dissertação de mestrado investiga como as crianças de quatro e cinco anos de uma turma de Educação Infantil de uma Escola Municipal de Porto Alegre apresentam e constituem suas configurações familiares em suas brincadeiras. Através de uma perspectiva com inspiração pós-crítica e da metodologia de pesquisa com crianças, concebendo-as como sujeito ativo da investigação, como sugerem os estudos da criança, trato de pesquisar as concepções de família desta turma a partir das narrativas das crianças na interação com os bonecos-família. Faço uso deste tipo de brinquedo, bem como de desenho e fotografias tiradas pelas crianças, para mostrar como, através das brincadeiras com bonecos-família, essas constituem ou não outras configurações possíveis de se ter uma família, de ser família. Historicizo a organização da família e seu papel na cultura e sociedade através dos tempos para, através de sua história, tentar entender como as crianças constituem suas famílias hoje. Faço uso de autores como Almeida (2009), Christensen e James (2005), Tomás (2011) e Corsaro (2009), para tratar dos estudos sobre infâncias; Ariès (1978), Donzelot (2001), Roudinesco (2003) e Shorter (2005), para estudar a historicidade do conceito de família; Fernandes (2005), Filho (2011), Dornelles (2007; 2010), Dornelles e Lima (2014), para entender a organização da pesquisa com criança; e ao tratar do brincar e da brincadeira me apoio em Agamben (2005), Benjamin(1987), Brougère (2004), Marques (2013). Concluo, mesmo que provisoriamente, que as crianças continuam construindo modos nucleares de ser família em suas brincadeiras e que outras formas de constituições familiares são por elas, em grande parte das vezes, tratadas como incompletas, ilegítimas. Ao mesmo tempo, algumas crianças permitiram que essas novas configurações aparecessem e autorizaram seus usos nas brincadeiras de bonecos-família. A pesquisa pretendeu contribuir para problematizar os modos de ser família que atravessam as narrativas das crianças na pesquisa, bem como buscar um novo olhar e entendimento das novas configurações de famílias na contemporaneidade. |