Percursos de uma investigação com crianças: o que as vozes infantis têm a nos ensinar?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Melro, Renata dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9875
Resumo: aula de uma escola pública de educação infantil, considerando suas experiências com o mundo e compreendendo-as como sujeitos capazes de comunicar o que pensam, de serem parceiras da investigação. Desse modo, o trabalho dissertativo desenha-se de forma a construir uma compreensão sobre como a criança e a infância eram consideradas, principalmente no campo acadêmico, e como contemporaneamente as experiências infantis podem e devem ser legitimadas, como é o caso desta pesquisa. Nesse percurso, busca-se dialogar com as contribuições da Sociologia da Infância (CORSARO, 2009; PINTO, 2007; SARMENTO, 2009) que, entre outras questões, procura romper com o paradigma da criança como objeto, desnaturalizando a infância; são discutidas também diferentes abordagens encontradas sobre o lugar da infância, intencionando possibilidades de a olharmos como experiência, bem como as crianças e os adultos-pesquisadores como sujeitos de experiências (KOHAN, 2007; BENJAMIN, 2009; LARROSA 2002). Fundamentada em concepções e modos de olhar as crianças como sujeitos históricos, sociais e, portanto, de experiências, a pesquisa se dedica a problematizar quais seriam as melhores formas de compreender as crianças, valorizando e legitimando suas vozes, suas formas de ser e estar no mundo. Nesse sentido, alguns interlocutores, tais como: Graue e Walsh (2003), Campos (2008), Souza & Castro (2008), Ferreira (2009), Kramer (2002) e Barbier (1992, 2002) nos oportunizam discutir algumas questões teórico-metodológicas da pesquisa com crianças na Unidade Municipal de Educação Infantil Rosalina de Araújo Costa. Em uma das turmas desta UMEI, crianças de cinco anos colocaram-se como parceiras, protagonistas na investigação, revelando olhares diferenciados, repletos de experiências e informações, vivenciadas num tempo que não é sucessivo, mas que é de pura intensidade. Em encontros chamados de conversas compreensivas as crianças foram capazes de comunicar seus saberes e o modo como leram e interagiram com o universo pesquisado, nos mostrando caminhos para se pensar uma escola de Educação Infantil na qual adultos e crianças possam compartilhar a experiência educativa.