Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Zuluaga Salazar, Claudia Patricia |
Orientador(a): |
Almeida, Jalcione Pereira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/172682
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Resumo: |
Esta dissertação analisa as disputas em torno do uso da água para geração de energia no município de Granada, Oriente Antioqueño, Colômbia. Tema que desde os anos 1960 está se apresentando na região, com a construção do complexo hidroelétrico do Oriente Antioqueño, formado por cinco centrais hidroelétricas: Guatapé, Playas, Jaguas, San Carlos e Calderas. Este denominado desenvolvimento energético tem sido motivo de disputa, de um lado o Estado e as empresas geradoras que intervêm com fins econômicos no território, e por outro, as comunidades que têm sido obrigadas a sair, modificando seu ambiente e, acima de tudo, as críticas e manifestações nas quais assinalam as injustiças tem sido caladas com ações violentas que se apresentam ao longo da história. No desenvolvimento deste trabalho analisaram-se três momentos: a construção da hidroelétrica Calderas nos anos 1980, a “Crise Humanitária” entre 1997 e 2005 e a defesa do rio Tafetanes entre 2010 – 2016, processos vividos no município de Granada – na zona urbana e parte da rural- e em algumas zonas vizinhas pertencentes aos municípios de San Carlos e San Luis. A partir de uma investigação, realizada entre janeiro e abril de 2016, fazendo o uso de entrevistas, observações, diário de campo e análise documental; e sob o olhar da sociologia pragmática de Luc Boltanski, como insumo teórico metodológico para argumentar. O percurso histórico neste contexto dá conta desde a construção das hidroelétricas até os movimentos cívicos e seu extermínio, acontecimentos que ocorreram nos anos 1980. A história daqueles anos até a atualidade se desenvolve com a descrição das disputas pela água no município de Granada, sob a premissa de que estes acontecimentos têm sido um reflexo do panorama regional. As disputas pela água detonaram na central Calderas, um processo de impacto mais regional, enquanto que no caso da defesa do rio Tafetanes se circunscreve a um cenário local que permitiu expandir sua experiência na região. A chamada “Crise Humanitária”, vivida neste cenário, foi uma situação regional e dá indícios de uma relação direta com ditas disputas. Nos diferentes momentos identificados neste trabalho, se observa que tanto os atores como suas ações são dinâmicas, se transita, segundo os regimes de ação de Boltanski, entre a justeza, justiça, violência e na atualidade com os novos projetos de Pequenas Centrais Hidroelétricas, pode perceber-se a presença novamente de um regime de justiça. Este trabalho permitiu uma visão holística do território na sua relação com as disputas pelo uso da água, identificando nesta, múltiplas possibilidades para explorar e aprofundar, que podem ser enriquecidas com novos marcos teóricos interpretativos. |