Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Zuluaga Salazar, Claudia Patricia |
Orientador(a): |
Kubo, Rumi Regina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/242104
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Resumo: |
Esta tese pretende compreender, através da técnica de pesquisa etnobiográfica, que combina a etnografia com biografia, a dimensão cultural com a dimensão subjetiva, como as mulheres rurais do município de Granada, Antioquia, Colômbia, apesar de sua condição subalterna e afetadas pelo conflito armado vivido entre 1997-2005, ativam, a partir de sua capacidade de agência, resistências e re-existências, diante da efeitos da violência extrema. Para isso, descreve, no contexto da violência colombiana, a forma como o processo de desenvolvimento regional fortaleceu os grupos guerrilheiros, que rejeitou as decisões do estado, através do confronto armado; rememora-se e relata, através de uma visita ao Salón del Nunca Más, constituído pelas vítimas do confronto armado, situações de violência coletiva e individual vividas pelos habitantes do município de Granada; relatam-se as ações pelas quais foi possível, após os acontecimentos, a reconstrução física do município, a superação de memórias dolorosas e a reconstrução do tecido social que sustenta a vida e o desejo de paz em Granada; e, por fim, analisam-se os mecanismos de construção de uma Agenda Ciudadana para enfrentar a deterioração social e econômica após do período de violência e, dessa forma, gerar melhores condições de vida com implicações no cotidiano. Para isso, apoio-me na teoria subalterna que torna visíveis os contextos estruturantes e nas noções de resistências e re-existências, que incentivam a encontrar caminhos que modifiquem o domínio para que não fiquemos presos a este. Constatouse que a violência vivida entre 1997-2005 vinha se fomentando desde meados do século passado, onde se conjugavam a imposição de projetos de desenvolvimento, protestos sociais, entrada de guerrilheiros na região e ações paramilitares. Devido à extrema violência a que a população foi submetida durante o período analisado, gerouse um clima de terror, dor e medo, que foi aliviado por meio do processo de memória. Uma vez que as vítimas reconstroem suas vidas, elas realizam outras ações coletivas que vão além do pessoal para o comunitário, ativando resistências e re-existências. |