Diretivas antecipadas de vontade em uma unidade de emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gomes, Paula Azambuja
Orientador(a): Goldim, José Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220339
Resumo: Introdução: O médico que atua em uma unidade de emergência se defronta com casos que exigem uma rápida decisão e intervenção. Tais situações implicam em na possibilidade de grande desgaste para o profissional, pois as suas decisões ter importantes repercussões para os pacientes e seus familiares. Alguns pacientes que buscam atendimento em emergência hospitalar já estão com doenças avançadas, inclusive podendo estar fora de possibilidades terapêuticas de cura. Estes pacientes podem ter tratamentos desproporcionais ao seu estado de saúde. Alguns destes pacientes já podem ter tomado decisões sobre tratamentos futuros, por meio de Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV). Uma importante questão de investigação envolve os fatores que podem interferir na tomada de decisão dos médicos diante de Diretivas Antecipadas de Vontade de pacientes. Objetivos: avaliar o desenvolvimento psicológico-moral e o posicionamento dos médicos, que atuam em um serviço de emergência hospitalar, em termos de conhecimentos, sentimentos e valores associados a tomada de decisão envolvendo Diretivas Antecipadas de Vontade de pacientes. Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal, no ano de 2018, envolvendo 43 médicos que atuam no Serviço de Emergência Adulto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram utilizados dois instrumentos previamente utilizados em outra pesquisa semelhante, realizada em unidades de terapia intensiva. O primeiro questionário é composto por dados demográficos e características profissionais dos médicos, como idade; sexo; tempo de atividade em Emergência; assim como por questões envolvendo conhecimentos, sentimentos e valores associados. O segundo instrumento avalia o desenvolvimento psicológico-moral individual, por meio de uma escala já validada. Os dados foram avaliados por meio de métodos mistos, ou seja, de forma qualitativa e quantitativa. Resultados: Todos os médicos avaliados tem capacidade para tomar decisão e 75% deles já conheciam Diretivas Antecipadas de Vontade. Na opinião dos médicos a vontade do paciente deve ser determinante, mas com a validação dos familiares. Considerações Finais: a maioria dos médicos já tinha conhecimento prévio sobre Diretivas Antecipadas de Vontade e se posicionaram a favor da utilização deste tipo de documento mesmo em uma Emergência Hospitalar. Os médicos reconhecem a necessidade de amparo legal que permita maior segurança na sua utilização.