Modelo multissensorial desenvolvido por tecnologias 3d para o auxílio na percepção da forma de peças museológicas por pessoas com deficiência visual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marcon, Catherine Teixeira
Orientador(a): Silva, Fábio Pinto da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233202
Resumo: O uso de tecnologias 3D aliadas ao design oferece novas oportunidades para o campo da tecnologia assistiva. Em museus, há um grande potencial para o desenvolvimento de réplicas táteis que visem, principalmente, incluir o público com deficiência visual. Porém, são escassos os estudos de sistemas multissensoriais aplicados nessas réplicas, por exemplo, combinando tato e audição. Nesse contexto, essa pesquisa tem por objetivo o desenvolvimento e a avaliação de um sistema multissensorial, desenvolvido por tecnologias 3D, para o auxílio a pessoas com deficiência visual na percepção da forma de peças museológicas. Para tanto, o estudo foi conduzido junto ao Museu de Porto Alegre, tendo início com a digitalização 3D de uma peça do acervo e sua respectiva conversão em um modelo virtual, o qual foi posteriormente impresso em 3D. Em paralelo, a fim de possibilitar a interação entre a réplica tátil e o usuário, foi selecionado um sensor de toque capacitivo como o responsável pelo feedback de áudio, bem como foi desenvolvida a programação do sistema. Em meio a isso, desenvolveu-se uma tinta condutora para atuar como o sensor de toque capacitivo supracitado, a qual foi aplicada em regiões selecionadas para serem descritas aos usuários. Assim que o sistema foi montado junto ao modelo finalizado, o roteiro das audiodescrições foi escrito, gravado e incluído no sistema. Por fim, o modelo multissensorial foi avaliado por meio de um teste piloto e, posteriormente, foi realizada uma consultoria de audiodescrição junto a um profissional com deficiência visual, no intuito de otimizar as audiodescrições, bem como colocar o modelo multissensorial à prova, visando observar o desempenho, pontos positivos e negativos. Como resultado, o sistema tornou-se autossuficiente e o usuário livre para utilizar o sistema de múltiplas formas, seja seguindo as orientações sugeridas, seja explorando-o conforme desejado, bem como retomando informações que queira ouvir novamente. Assim, os resultados indicam que o sistema desenvolvido é eficiente quanto ao auxílio na percepção da forma por uma pessoa com deficiência visual e já poderia ser implementado em um museu para promover a acessibilidade.